segunda-feira, 30 de setembro de 2013

ENSINO MÉDIO MODULAR

SOME Santarém vota pela greve


Alex Ruffeil expõe para os trabalhadores do SOME os reais motivos que levaram a greve

 
 
Por unanimidade os trabalhadores do SOME presentes decidiram pela greve
Encerrou por volta das 17 horas de hoje, a reunião da coordenação com os educadores do SOME, Polo de Santarém, convocada para a socialização de diversos assuntos. Entre eles, o movimento grevista deflagrado no dia 23/9, pelos trabalhadores em Educação da rede estadual de ensino, em Belém. 
O coordenador do Sintepp  e professor do SOME, Alex Ruffeil, em sua fala expôs aos presentes, a real motivação que levou os trabalhadores a usarem o direito da greve. Em seguida, foi feita a sondagem e através de votação, os 55 docentes e técnicos resolveram, de forma unânime, aderir ao movimento grevista deflagrado em Belém no dia 23/9. Amanhã eles estarão na assembleia do Sintepp, a ser realizada na escola Onésima Pereira de Barros, para confirmar o voto a favor da greve.


REDE ESTADUAL DE ENSINO

Amanhã trabalhadores decidem
ou não pela greve em Santarém

Na reunião de sexta, 27/9, os representantes de escolas socializaram as informações coletadas 
 
    Amanhã, 01/10, às 18h30, acontecerá, na quadra da escola "Onésima Pereira de Barros", a assembleia geral convocada pela coordenação da sub sede do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), que definirá pela adesão ou não dos trabalhadores da rede estadual  de ensino de Santarém, ao movimento grevista deflagrado em Belém, a partir do dia 23 de setembro.
     Em consonância com o movimento iniciado em Belém, a coordenação do Sintepp local tomou uma série de medidas. Entre elas, a de divulgar, no dia 23 de setembro de 2013, em seu sítio na internet, uma carta aberta aos trabalhadores em Educação de Santarém.
    O documento evidencia que "...todos tem que ter consciência de que greve não é para descanso, lazer, viagens ou repouso remunerado. Greve é para engajamento, militância, luta, enfrentamento. Logo, quem se dispuser à greve precisa ter compromisso e responsabilidade..."
    Na sexta, 27/9, a coordenação do sindicato realizou uma reunião ampliada, na escola Onésima Pereira de Barros. Na ocasião os resultados das discussões feitas nas escolas, ao longo da semana foram socializados.
   Amanhã, em decisão soberana da assembleia geral, os trabalhadores se posicionam e decidem se aderem ou não ao movimento grevista.
 
 
 
 

domingo, 29 de setembro de 2013

AGENDA SOCIAL SOME

A FESTA MAIS ESPERADA DO ANO
 
Já está tudo certo e acontece na sexta-feira, 18 de outubro, a FESTA ENTRE AMIGOS PROFESSORES, que pretende reunir o maior número possível de docentes que já atuaram e atuam no Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME), Polo de Santarém.
Com o tema ANOS 60, a festa foi idealizada por um grupo de educadoras do SOME, entre elas HItacy Santos, Aurinete Costa, Ester Ramos, Lucilene Aguiar, Fada-Isis Pinheiro. O Spazio Mello,  localizado na av. Curuá Una, esquina com Álvaro Adolfo, será o palco da festança, que inicia às 20h30 horas e não tem hora para acabar. 

sábado, 28 de setembro de 2013

SOME EM GREVE



 
 
 
 
SOBRE A GREVE DE 2013
 
ALEX RUFFEIL & ALLAN SILVA

 "Lembrem-se que durante toda a história, houveram tiranos e assassinos, e por um tempo, eles pareciam invencíveis. Mas no final, eles sempre caem. Sempre". GANDHI
Os educadores da rede estadual do estado do Pará estão novamente em greve por conta de uma política nefasta promovida pelo governo estadual do PSDB, que vai completar 16 anos no poder, e tem levado nosso Estado aos piores indicadores de desenvolvimento no país. No que tange a educação estamos na última posição do IDEB em relação ao ensino médio e entre os últimos no ensino fundamental. Desde 1995, os educadores do estado do Pará vêm amargando uma crescente desvalorização salarial com perdas que chegam a 60%. As escolas públicas foram sucateadas para possibilitar o investimento privado na educação e como conseqüência temos um ambiente escolar insalubre para os professores, técnicos em educação, trabalhadores da secretaria, apoio e para os alunos. Sem o mínimo para o desenvolvimento da aprendizagem.
Desde o início da greve, em 18 de setembro de 2013, o governo utiliza os meios de comunicação para propagandear suas falsas verdades, que nesse momento precisam ser esclarecidas. Primeiramente devemos pensar o valor pago pela Lei do Piso como uma política federal e não estadual. Quando a Lei do Piso foi considerada constitucional em 2011, o governo estadual não quis pagar aos professores o valor estipulado pela Lei. Esse foi um dos motivos que levou a categoria a grevar em setembro de 2011. Mesmo assim, não pagou integralmente e não sinaliza para pagar o que nos deve. Em 2012, com o novo reajuste do piso salarial o governo Simão Jatene retirou o abono FUNDEB. Nesse caso o aumento foi bem menor do que estava previsto na Lei do Piso, demonstrando que esse governo não se preocupa em valorizar o profissional e a educação. Recentemente o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, comunicou o novo reajuste em 19%, sendo que todos os governadores, inclusive Simão Jatene, assinaram um documento e entregaram ao Governo Federal pedindo revisão desse reajuste para 7,7%. Ou seja, essa propaganda divulgada no Liberal de valorização é mentira descarada de um governo elitista que não dá a mínima para a educação pública e para a maioria da população.
O segundo ponto está relacionado às reformas das escolas. Para o governador somente pintar algumas escolas melhora a educação. Em compensação vivenciamos no dia a dia, junto com os alunos, salas de aulas extremamente quentes e que absorvem o barulho externo, escolas sem, ou com, laboratórios de informática, multifuncionais e auditórios sem estruturas, falta de equipamentos e recursos didáticos que possibilitem aulas mais dinâmicas, dentre tantas outras demandas que fazem parte da realidade da maioria das escolas no Pará.
Por fim, o ponto que o governo não menciona para a população: jornada de trabalho. É importante fazer um breve histórico. Até julho de 2010, o que orientava a prática dos profissionais da educação era o Estatuto do Magistério. No Estatuto foi estabelecida a jornada de trabalho que compreendia a regência de classe e 20% de hora atividade (momento de planejamento do professor). Como em 1987, ano em que foi criado o Estatuto, não havia profissionais do magistério que pudessem substituir os professores nesses 20% fora da sala de aula, o governo começou a pagar além da jornada a hora-aula suplementar, que correspondeu um pagamento além da jornada de trabalho. Infelizmente, a lógica do governo não quer acompanhar as transformações na educação que ocorreram com a LDB, de 1996, a Lei do Piso, de 2008 e o PCCR, de 2010, que compreendem que a jornada do professor deve ser reduzida em regência de classe para possibilitar um tempo para o estudo, qualificação, planejamento etc. Segundo a LDB no Artigo 67 os sistemas de ensino devem valorizar os profissionais da educação com Planos de Cargos que destinem “V – período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga de trabalho”. Já a Lei do Piso no Artigo 2º, inciso 4º diz “Na composição da jornada de trabalho, observar-se-á o limite máximo de 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os educandos”. Contudo, o que o governo vem apresentado para a categoria é a manutenção do que está no Estatuto do Magistério quanto à jornada de trabalho, bem como a redução dos nossos salários com a retirada das aulas suplementares. É no calor da luta que também se constrói a consciência de classe. Contra essas posturas arbitrárias devemos nos manter firme pela melhoria na qualidade do ensino no Brasil. Nesse sentido, pedimos apoio a todos os segmentos da sociedade que lutam por uma educação pública de qualidade.

Prof. Alex Ruffeil e Prof. Allan Silva
 


RETALHOS



PÊSAMES



INANU – LAGO GRANDE

Estudantes do Ensino Modular

participam de socialização do PPP
A gestora Sandra Regina Guimarães Galúcio inicia a reuinião de socialização do Plano Político `Pedagógico (PPP)
 
N
a quinta-feira, 19 de dezembro, estudantes das três séries do Ensino Médio Modular (EMM), pais, professores, serventes, vigias e técnicos da EMEF Ambrósio Caetano Corrêa e das escolas anexas Nossa Senhora do Carmo (Cruzador), Santa Luzia (Água Fria) e Anízia da Galúcio, participaram no barracão comunitário de Inanu da reunião de socialização do esboço do Plano Político Pedagógico (PPP) do educandário , para o triênio 2013, 2014 e 2015.

A gestora Sandra Regina Guimarães Galúcio fez a abertura do evento e exortou todos os presentes a se manifestarem sobre o PPP, com críticas, sugestões, ideias e outras contribuições para o aperfeiçoamento do documento, que orientará a vida da comunidade escolar nesse período.

Visão - De acordo com a visão do plano, os trabalhadores do educandário lutarão por uma escola reconhecida nacionalmente pelo desenvolvimento de um trabalho educativo, participativo, criativo, ético, inovador, democrático e comprometido com o respeito mútuo, resgate das boas maneiras, dos bons costumes, valorizando a educação transformadora, continuada e profissional dos educandos, educadores, da comunidade escolar e seus colaboradores, inserindo-os no mundo globalizado, com excelência, competência e responsabilidade social. Na busca da efetivação do bom relacionamento e aperfeiçoamento do ensino de qualidade da escola que queremos.
Pais, estudantes, professores, gestores, serventes, vigias, secretários, técnicos presentes na reunião
SOME - Em seguida foi socializado pelos representantes das diversas escolas o texto do PPP, para a comunidade escolar presente no encontro. Durante a socialização foram anotadas diversas intervenções da plateia. Dentre elas, a fala do professor Eládio Delfino (SEDUC), que sugeriu a inserção do nome dos estudantes do Ensino Médio Modular (EMM), atendidos pelo Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME), no texto do plano. Também se manifestou o professor Geciney Feitosa, do SOME. Ele falou sobre sua trajetória como estudante do Ensino Modular em Belterra e hoje, como professor do sistema. Ele também reforçou a ideia sugerida pelo professor Eládio, para a inserção do nome dos estudantes do SOME, no PPP, pois eles também fazem parte da escola.

 

OPINIÃO

Alex Ruffeil
Quero deixar claro que respeito o direito do camarada de não querer greve, eu como coord. de sindicato e há muito tempo no movimento sei que greve não é bom pra ninguém, mas nunca tivemos tão ameaçados de ter perdas sensíveis em nossos rendimentos coma retirada das aulas suplementares em nossos contracheques, esse é um objetivo claro do governo Neoliberal Simão Jatene, o governo da tucanalhada, também não aceito os camaradas não entenderem que estamos lutando por uma jornada de trabalho que garante a nossa lotação em 100, 150 e 200 horas, acabando com o sistema escravocrata de carga horária a que ainda estamos amarrados aqui no estado do Pará, com isso havendo diminuição de turmas não haverá diminuição de salários, a diminuição de turmas tem sido uma constante todos os anos, e não me venham dizer que a culpada é a greve, pois esta provado que não é, quem faz esse discurso faz o discurso do governo, quem fala que greve prejudica o ano letivo dos alunos faz discurso governista, e nossos direitos, o direito de planejar a compra de um imóvel ou um carro ou qualquer outro bem com a certeza que não teremos nossos vencimentos reduzidos porque garantimos a nossa carreira, através da jornada, e nosso direito a hora atividade para que não tenhamos mais que planejar aulas e corrigir provas nos fins de semana, espaço esse que tem que ser de descanso e lazer dos profissionais, como se omitir de fazer greve quando o estado quer deixar de fora os funcionários de escola, nossas merendeiras, vigias serventes que estão ali conosco todos os dias sofrendo o descaso com a educação junto coma gente, é meus camaradas esses só são alguns pontos "insignificantes" para alguns professores aqui em Santarém que acham que não é hora da greve, há anos os governos, independente se siglas partidárias, vem lavando as mãos para com a educação no estado, não aprovar greve terça é lavar as mão juntos com o consulado tucano, é ser cúmplice de todas as fazelas que temos na educação em nosso estado, reflitam meus camaradas santarenos sobre tudo que esta em jogo, pois se nos omitirmos agora, um dia a história virá nos cobrar. A GREVE TE INCOMODA? POIS ME INCOMODA MAIS O DESCASO COM A EDUCAÇÃO NO PARÁ.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

INANU - LAGO GRANDE


O transporte escolar municipal e a falta de combustível


O ônibus do transporte escolar da EMEF Ambrósio Caetano Corrêa, de Inanu, Lago Grande

 

N

este 3o módulo do ano letivo 2013, grande parte dos estudantes da escola municipal Ambrósio Caetano Corrêa, da comunidade de Inanu, no Lago Grande, já foi obrigada a faltar nas aulas pelo menos cinco vezes, pois o transporte escolar não circulou, por falta de combustível para alimentar a máquina do veículo.

Eles são alunos do Ensino Médio Modular (EMM), ofertado pelo Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME), Polo Santarém,  oriundos das comunidades de Bacabal, Boa Esperança, Murui, Cruzador, Santa Luzia, Tabatinga, Água Fria e Igarapé Seco, que se deslocam para o educandário utilizando o novo ônibus, enviado pelo programa “Caminho da Escola”, do governo federal.

Foram anotados cinco dias sem transporte. Registros: No dia 9/8 foi anotada a primeira ocorrência: o ônibus do transporte escolar não circulou, por falta de combustível, para abastecer o motor do veículo.  São repassados apenas 1040 litros de combustível por mês, insuficientes para que o ônibus cubra o percurso de 62 Km diários, durante o período. As outras ocorrências foram anotadas nos dias 13/8, 19/8, 16/9 e 17/9.

 

 

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

INANU - LAGO GRANDE


O posto telefônico do Murui
Por: Eládio Delfino

José Ramos Sarmento e seu posto telefônico improvisado em Múrui, Lago Grande
 
O

s professores que atuam no Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME), Polo de Santarém, passam por situações inusitadas, para poderem entrar em contato com seus familiares. Neste 3o módulo do ano letivo 2013 fomos destacados para lecionar na Comunidade de Inanu, na região do médio Lago Grande. No local não existe sistema de telefonia fixa e nem sinal para o celular. Por conta disso, tivemos a oportunidade de vivenciar um fato, que não podemos deixar de socializar com os demais educadores, que forem servir naquela comunidade: por intermédio de alguns moradores soubemos, que quando eles desejam telefonar para Santarém, se deslocam até a Comunidade de Murui, na beira da rodovia Translago, distante 10 Km de Inanu.  

No sábado, 14 de setembro, fomos de motocicleta, juntamente com um professor do município até o local. Quando lá chegamos, deparamos com um barracão improvisado e dentro, duas pessoas na espera, para também desfrutarem do serviço de telefonia. Sentado em um banco e com o celular amarrado em um pedaço de madeira, fixada em uma base redonda móvel, o senhor José Ramos Sarmento, que idealizou o posto telefônico, fazia uma ligação. O mecanismo improvisado serve para não deixar o celular se movimentar do local, onde o sinal é mais intenso e a ligação escutada com perfeição.

De acordo com José Ramos, desde dezembro que ele trabalha com a telefonia. Ele construiu o barracão, que surgiu como brincadeira, para eles se livrarem da chuva. O negócio deu tão certo, que ele chega a faturar mais de mil reais por mês. José cobra R$ 2,00 por quatro minutos de cada usuário, que pretenda ligar para Santarém.  Caso a ligação seja interurbana, o valor sobe para R$ 3,00.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

GREVE EM SANTARÉM

Sobre a greve da rede educacional deflagrada em Belém e prevista para iniciar nesta segunda-feira, 23/09, informamos que em Santarém as aulas seguem normalmente até o dia 01/10/2013, quando acontecerá a assembleia geral da categoria, de ond...e sairá nosso posicionamento acerca do movimento grevista. O encaminhamento é resultado de uma reunião da direção executiva do Sintepp em Santarém, ocorrida na noite de quinta-feira (19/09), a qual também aprovou a seguinte agenda:

a) Na segunda-feira, 23/09, deve chegar às escolas, material do Sintepp, incluindo um texto norteador, com as devidas orientações e os devidos esclarecimentos acerca do movimento grevista deflagrado em Belém;
b) No período de 23 a 26/09, a partir do texto motivador preparado pelo sindicato, os trabalhadores e trabalhadores das escolas devem tirar um momento (preferencialmente por turno) para debater a questão da greve;
c) No dia 27/09, acontecerá no auditório da Escola Onésima Pereira de Barros, às 14 horas, uma reunião ampliada com representantes de escolas para a socialização dos resultados das discussões da semana (É importante que cada escola/instituição mande de dois a três representantes para esta reunião);
d) Dia 30/09, acontecerá uma reunião da direção executiva da Subsede do Sintepp para definição de seu posicionamento acerca da adesão ou não ao movimento grevista, posicionamento este que deverá ser apresentado em assembleia;
e) No dia 01/10, às 18 e 30, acontecerá, na quadra da Escola Onésima Pereira de Barros, a assembleia geral que definirá pela adesão ou não de Santarém ao movimento grevista iniciado em Belém.

Marcio Pinto/Izabel Marinho
Coordenadores Gerais do Sintepp/Santarém
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domingo, 8 de setembro de 2013

PARÁ & AMAPÁ

RETALHOS DO ENCONTRO SOME
O II Encontro do SOME em Macapá (Foto e texto: Jornal do Dia)
Professores discutem problemas da Educação
O II Encontro Amapá/Pará do Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME) busca promover melhorias na educação pública aos alunos do campo, dos rios e da floresta. O evento iniciou ontem(5) e terminará dia 7 de setembro, realizado na Sede do Sindicato do Urbanitários do Amapá. Por iniciativa do Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Amapá (Sinsepeap) e Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (SINTEPP), o II Encontro está movimentando aproximadamente 200 educadores do SOME, paraenses e amapaenses.
Segundo Maria Luiza Rocha, coordenadora do II Encontro Pará - Amapá SOME, o evento objetiva construir políticas públicas para o sistema modular, que abrange toda a área rural do Estado. A troca de experiências entre os educadores do Amapá e Pará contribuirão com discussões salutares para buscar melhores condições de trabalho, favorecendo professor e aluno. “Temos uma população que precisa de uma perspectiva de vida. Não basta ter o ensino médio. O que fazer com os alunos que estão no campo, nos rios e nas florestas? Qual a perspectiva que eles possuem se não há campus universitário nessas regiões não condições financeiras para morar na capital? Nem todos os pais têm recursos para trazer um filho para cidade. As vidas desses alunos serão limitadas na educação, isso é exclusão”, questiona Maria Luiza sobre a continuidade dos estudos dos alunos do campo.
Buscar melhorias de condições de trabalho
Valorizar a qualificação do professor, pois são pós-graduados, mestres, doutores. A coordenadora Maria explica que o Estado precisa assumir a valorização da educação pública do sistema modular, porque essa é a maior política de inclusão social da Amazônia do Pará e Amapá. “As escolas dos interiores não são regularizadas. Precisamos de uma equipe técnica pedagógica que acompanhem os alunos. Quanto mais distante é a escola, mais precária é a situação. Por exemplo, na penúltima Ilha do Bailique, o professor faz o serviço dele, é diretor, é secretário, é merendeiro. Não há como render um bom trabalho dessa forma”, explica Maria sobre as dificuldades do professor do Sistema Modular.
Para o educador paraense Bráulio Uchôa, esse II Encontro servirá para integrar os professores do Pará e Amapá na questão educacional. “As dificuldades mais encontradas são as moradias dos professores nas comunidades, as escolas sucateadas. Falta de professores, falta de efetivação de uma política pública de qualidade na educação do campo, rios e florestas. Enfrentamos um problema no Pará do governo se omitir e não querer ofertar educação para a comunidade que, por exemplo, tem um, dois, e até três alunos para cada série.
O Estatuto da Criança e do Adolescente garante a educação do aluno, independente da quantidade de alunos em sala de aula. E o governo quer programar esse parâmetro para formação de turma, se não há muitos alunos, não há ensino. Isso é errado”, argumenta Bráulio.
“Professor do sistema modular é igual tartaruga: leva a casa nas costas”, diz Jorge Garcia, professor de Matemática do Sistema Modular. Segundo ele, esse sistema que leva a educação aos lugares mais longínquos do Estado precisa ter mais estrutura, uma condição melhor de vida. O professor leva a educação, cidadania, mas encontra entraves para trabalhar dignamente. “As comunidades são distantes e mesmo quando você consegue centralizar uma escola, há alunos que moram muito longe. Eles precisam enfrentar uma viagem de duas horas para chegar à escola, e mais duas para voltar para casa. Às vezes, esse aluno sai sem comer. E quando chega à escola não há merenda. É preciso muita força de vontade para continuar os estudos no sistema modular, pois as dificuldades são imensas”, discorre Jorge Garcia.
Preocupações
A saúde e as condições de trabalho dos professores abrangem as doenças psicossomáticas. Devido ao isolamento alguns professores passam por problemas de ansiedade e pânico, por isso necessitam ser amparados por atendimento psicossocial, que funciona em situações precárias no Amapá.
A segurança pública também não é garantida. Assim como nas grandes cidades a violência em sala de aula é evidente, nos interiores esses problemas é uma realidade também. Palestras são oferecidas no II encontro SOME para haver discussões relacionadas a esses assuntos e promover soluções urgentes. “Não vamos conseguir sanar tudo, mas a nossa contribuição está sendo feita”, reflete Jorge Garcia sobre o II Encontro Amapá/Pará do Sistema Modular de Ensino.
Por CAROLINE MESQUITA

 




CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES
DIA 05 DE SETEMBRO
LOCAL: AUDITÓRIO DO SINDICATO DOS URBANITÁRIO- RUA MACACOARY, Nº16 TREM .
 HORÁRIO ATIVIDADE
8h Abertura do Encontro: Oneide Bastos
8h30’ Formação da mesa com:
1. Presidente do SINSEPEAP 5’
2. Presidente do SINTEPP 5’
3. Secretária de Educação 5’
4. Um professor do modular do AP 5’
5. Um professor do modular do PA 5’
6. Um aluno ou ex-aluno do SOME-AP 5’
7. Um pai de aluno do SOME-AP 5’
Leitura e aprovação do Regimento Interno do II ENCONTRO
9h10’ a 10h Palestra:  A SAÚDE E AS CONDIÇÕES DE TRABALHO DOS PROFESSORES – ELIZAMAR CAVALCANTE - Coord. do SAPS
10h10’ : Lanche
10h30 a 11h30
Interação com a palestrante
11h30: Integração e Troca de Saberes - 03 apresentações
12h: Encerramento da manhã - Almoço
14h: Acolhida
14h30’ a 15h20 Palestra: # A importância da mobilização e da família para o SOME e a sociedade em geral na defesa do ensino de qualidade. (Representante do MEC - IVANETE)
5h20’ a 16h20’  Interação com o/a Palestrante
16h 30’:lanche
17h  - PRÉ- LANÇAMENTO DO LIVRO: AS RELAÇÕES ÉTNICAS RACIAIS EM SALA DE AULA: PRECONCEITO INVISÍVEL, PORÉM CONCRETO- AUTOR: IVALDO SOUZA.
17h30’ #Integração e Troca de Saberes - 03 apresentações
18 h: Encerramento - Apresentação do Grupo de Marabaixo
 DIA 06 DE SETEMBRO
08h ACOLHIDA
08h30’ a 9h15’ Palestra:  # A Vulnerabilidade dos discentes e docentes do SOME e SOMEI diante da expansão da violência nas comunidades. Polícia Militar – Coronel Joelson 2º batalhão
09h15’ a 9h45’: Interação com o palestrante
9h45’: Lanche
10h a 11h’ Colóquio:
# Valores de vida que se podem desenvolver no desempenho das atividades dos professores do SOME e SOMEI; (Educação Continuada) . Profº Antônio Eugênio Furtado Correia
12h: Encerramento - Almoço
14h  ACOLHIDA
 DIA 07 DE SETEMBRO
8h: ACOLHIDA
8h30 às 9h30’ Palestra: #A Educação do Campo e o Some e Somei na garantia de respeito e ensino que valorize os povos do campo, dos rios e das florestas. (Dr. Profº Salomão Hage -UFPA ;  Pedro Correia de Souza – Comitê de educação do campo);
09h30’ a 10h15’ Interação com os palestrantes
10h 20’ 1oh40’ : Lanche
10h45 a 11h45’: #AVALIAÇÃO DO EVENTO E ORGANIZAÇÃO DO RELATÓRIO E FORMAÇÃO DAS COMISSÕES PARA ELABORAÇÃO DA PROPOSTA DE REVITALIZAÇÃO DO SOME.
12h: Encerramento - Almoço
14h: Passeio turístico com os visitantes
ENCERRAMENTO DO II ENCONTRO
EVENTO CULTURAL E DANÇANTE – SEDE CAMPESTRE
20h  # GRUPO DE MARABAIXO
#LANÇAMENTO DO LIVRO: AS RELAÇÕES ÉTNICAS RACIAIS EM SALA DE AULA: PRECONCEITO INVISÍVEL, PORÉM CONCRETO. -AUTOR: IVALDO SOUZA.
22h # ONEIDE BASTOS E RONALDO DOS TECLADOS


“ todo amanhã se cria num ontem, através de um hoje (...). Temos de saber o que fomos, para saber o que seremos.”  Paulo Freire.


A coordenação
 


sábado, 7 de setembro de 2013

INANU - LAGO GRANDE

A maratona da Fanfacc
na Semana da Pátria 2013


A Fanfarra Ambrósio Caetano Corrêa participa do desfile na Comunidade de Lírio dos Vales, Lago Grande
 
                A
 equipe do Modular Notícias acompanhou a movimentação da Fanfarra Ambrósio Caetano Corrêa (Fanfacc), da Comunidade do Inanu, no Lago Grande, durante as comemorações da Semana da Pátria 2013, que culminarão, mais uma vez, em sua participação e na busca de mais um título, no 13 Concurso de Bandas e Fanfarras da UMES Santarém, que acontece nos dias 8 e 9 de setembro. 
                 Primeiro dia - Na terça-feira, 3/9, por volta das 8 horas foi aberto oficialmente a Semana da Pátria em Inanu, com o desfile dos pelotões da escola "Ambrósio Caetano Corrêa", que percorreram as ruas da comunidade, conduzidos pelos acordes musicais da Fanfacc e foram até a escola "Anízia Galúcio". De lá retornaram trazendo junto, os pelotões desse educandário.
                 No centro de Inanu, em frente a Igreja do Sagrado Coração de Jesus, pararam para recepcionar e incorporar na parada, as escolas "Lírio dos Vales" (Uruari) e "Nossa Senhora do Carmo" (Peré), convidadas para o evento. De lá, os pelotões marcharam até a área interna da escola.
                  No local e perfilados, os estudantes e comunitários presentes entoaram o Hino Nacional, o Hino do Pará e o Hino de Santarém. Depois as escolas desfilaram, Para finalizar foi realizada a apresentação das bandas e fanfarras presentes.                   
                Encerrado o desfile, os músicos da fanfarra foram liberados para descanso, pois das 19 horas às 22 horas estava marcada mais uma sessão de treinamentos, para aprimorar a sequência a ser apresentada no concurso.
                 Segundo dia - Por volta das 5 horas da manhã, do dia 5/8, os fogos de artifício estouraram nos céus de Inanu, para avisar aos integrantes da Fanfacc, que já estava no horário de acordar, para mais um dia de desfile. Desta vez na Comunidade de Lírio dos Vales, no Uruari. 
                 A bordo de uma pequena embarcação, acompanhamos a viagem de alguns dos músicos, com os instrumentos até a Comunidade de Lírio dos Vales, para a participação no desfile local. 
                  Terceiro dia - Hoje, 7 de Setembro, a Fanfacc desfilou pelas ruas de Curuai, encerrando a etapa de desfiles no Lago Grande. Amanhã, os músicos da fanfarra viajam para Santarém, onde participam no domingo e na segunda-feira, do Concurso de Bandas e Fanfarras da Umes.
A viagem de barco até Lírio dos Vales, em Uruari


 
O desembarque dos instrumentos pelos músicos da Fanfarra Ambrósio Caetano Corrêa, em Lírio dos Vales

           Histórico - A Fanfacc foi criada em 2002 através de uma iniciativa da comunidade de Inanu, Lago Grande e do gestor da escola "Ambrósio Caetano Corrêa", Josenias Figueira de Sousa. 
Com a implantação do Projeto Música no Interior, Uma Cultura de Paz, iniciado no ano de 2005, que objetivou elevar o índice de aprendizagem, reduzir a repetência e a evasão escolar, além de ocupar o tempo ociosos dos jovens que compõem a clientela escolar, criou-se um vínculo mais profissional, introduzindo na Escola aulas de música através das práticas de bandas, contando com curso de flautas-doce, metais, percussão e informática básica.
A escola hoje conta com um grande número de instrumentos, cuja aquisição contou com a iniciativa dos funcionários do educandário, comunitários e da gestão municipal, que promoveram atividades e não mediram esforços para comprar os equipamentos. 

A placa do troféu de campeã na categoria Fanfarra Simples (2006)