Gestão democrática tem
que ter participação
que ter participação
Eládio
Delfino Carneiro Neto
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A
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Gestão Democrática, com a eleição direta para
diretor da EEEM “Álvaro Adolfo da Silveira” é uma realidade, construída aos
longos dos anos pelos trabalhadores em Educação e colocada em prática no ano de
2009. Neste ano de 2012, as eleições já foram realizadas no último dia 15 de
maio e parte do corpo docente, discente, pais e responsáveis do educandário,
pertencentes ao Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME) se sentiram excluídos
do processo. Por conta disso estão elaborando abaixo-assinado visando anular a
eleição que reelegeu a professora Joana Cunha Bernardo, como gestora.
Para melhor entendimento do leitor fizemos um levantamento de como
foram as eleições em 2009, cujo processo eleitoral seguiu as diretrizes baixadas
pela SEDUC. As ações iniciais planejadas para o encaminhamento do processo foram
realizadas pelo Conselho Escolar que, de acordo com o artigo 42, do Regimento
Escolar das Escolas Públicas Estaduais da Educação Básica, é que tem a competência
de fixar as diretrizes para o processo eleitoral de gestores das unidades de
ensino, com base na legislação e normas próprias vigentes.
Em 16 de fevereiro
de 2009, a SEDUC baixou portaria com instruções normativas e diretrizes para a
realização de eleições diretas para a direção das unidades escolares. Em suas
linhas, o documento diz que a Comissão Eleitoral será composta de cinco membros
representante de cada categoria da comunidade escolar (professores, técnicos,
funcionários administrativo-apoio, alunos e pais), que deverão ser eleitos em
Assembleia Geral, com a participação de pelo menos 1/3 da comunidade escolar.
Em assembleias gerais convocadas pelo Conselho Escolar e realizadas
nos dias 15 e 16 de abril, a comunidade escolar do “Álvaro Adolfo da Silveira”
definiu os nomes dos membros da Comissão Eleitoral, responsáveis pelo
encaminhamento das eleições diretas. No dia 15, alunos e professores escolheram
os seus membros. Os alunos apontaram o estudante Jessé Bandeira e os
professores apostaram na educadora Aya Cristina Fidélis (Letras).
No dia 16 foi a vez
dos técnicos, pais e funcionários apontarem seus representantes para compor a
Comissão Eleitoral. Os técnicos
decidiram pelo nome de Gleidson dos Santos Pereira, enquanto que os
funcionários de apoio escolheram Shyrley Barille Ferreira. Como representante
dos pais foi escolhida a senhora Alcyone Batista Melo, mãe de um estudante do
educandário.
Eleita, a Comissão
Eleitoral prontamente assumiu a coordenação do processo eletivo.
A primeira missão
dos membros da comissão, sob a coordenação de Gleidson dos Santos Pereira foi
confeccionar e aprovar a minuta, com o “Regimento Eleitoral do Colégio Álvaro
Adolfo da Silveira”, e o Edital de Convocação da eleição no dia 29 de abril de
2009.
A Comissão Eleitoral
mandou imprimir o regimento, tornando-o público. Ele foi colocado a disposição
em local visível, no âmbito da escola, 60 dias antes das eleições, como manda o
parágrafo único do título I.
O processo eleitoral
prosseguiu, com duas novas etapas concretizadas: o registro das candidaturas e
o processo de propaganda eleitoral. O regimento prega que o prazo para
inscrição de chapas ou candidaturas individuais será de 30 dias a partir da
data de publicação do Edital, pela Comissão Eleitoral. O edital foi publicado
dia 29 de abril, por conseguinte as chapas tiveram até o dia 29 de maio, para
realizar as inscrições.
No dia 1 de junho a Comissão Eleitoral publicou Edital de
Publicação de Chapas, comunicando à comunidade escolar a inscrição da “Chapa da
Integração”, registrada sob o número 1, com os seguintes candidatos: Joana
Cunha Bernardo (diretora), Jorge Aluísio Coelho Costa, Rubens José Santos
Araújo e Valbenícia Martins Almeida (vices-diretores).
Como foi a participação do SOME – Em Edital de Publicação, datado e
socializado com a comunidade escolar em junho, a Comissão Eleitoral do Álvaro
Adolfo da Silveira, transferiu a data das eleições de 29 de junho para o dia 27
de agosto.
De acordo com o edital, o principal
motivo da mudança foi a deflagração do movimento grevista, que tornou a eleição
inviável, em razão da deficiência da divulgação do processo eleitoral para a
comunidade escolar.
Além disso, a Comissão Eleitoral
levou em consideração a necessidade de realizar uma divulgação eficiente, em
razão da quantidade elevada de discentes do educandário, que incluia também
3.158 estudantes do Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME),
distribuídos em 46 comunidades do município de Santarém.
Outro motivo para a alteração da
data da eleição é o quorum mínimo de 1/3 do colégio eleitoral, para a validação
do processo eleitoral conforme art. 7o da Portaria no 04/2009.
A mudança foi estratégica, pois
permitiu à Comissão Eleitoral fazer um ajuste em seu planejamento, de forma que
os estudantes, pais ou responsáveis, das escolas anexas do “Álvaro Adolfo da
Silveira” pudessem exercer o seu direito de voto. Para que isso
acontecesse, a Comissão Eleitoral providenciou envio de urnas à 14 comunidades
do interior, onde funcionam escolas anexas (as que ficam mais perto de Santarém), de forma que fosse atingido
o quorum mínimo, proposto pela SEDUC.
A Comissão Eleitoral em reunião
realizada na terça-feira, 7 de julho 2009, definiu as 14 comunidades, para onde foram remetidas urnas usadas no
processo eleitoral, das escolas anexas do “Álvaro Adolfo da Silveira”, onde
funciona o Ensino Médio Modular (EMM).
As comunidades escolhidas foram:
Tapará-Grande, Aritapera, Piracãoera de Cima e Saracura, na várzea; Ubinzal,
São Raimundo da Palestina, Murumuru e Guaraná, no Planalto; Araci, Vila
Socorro, São Jorge e Curuai, no Lago Grande; Urucureá e São Miguel, no rio
Arapiuns.
A Comissão Eleitoral definiu que as
14 urnas fossem transportadas sob a responsabilidade da equipe de educadores do
SOME, escalada para cumprir o 3o módulo
nas comunidades selecionadas.
De acordo com a previsão, o módulo iniciou
no dia 24 de agosto, quando os educadores se deslocaram para as comunidades, levando consigo as
urnas. A eleição foi marcada para o dia 27 de agosto. Neste dia os estudantes e
responsáveis votaram e no dia 28 as urnas foram transportadas de volta para
Santarém, onde aconteceu a contagem dos votos.
Matemática - De acordo com listagem fornecida
pela 5a Unidade Regional de Educação (5a URE), para a Comissão Eleitoral, havia em 2009
um total de 3.158 estudantes matriculados no Ensino Médio Modular (EMM),
atendidos pelo SOME, distribuídos pelas 46 comunidades do município de
Santarém.
De acordo com o artigo 7o, da
Portaria 004/2009, publicada pela SEDUC, para que a eleição tenha validade 1/3
do colégio eleitoral deve votar. Isto significa dizer, que pelo menos 1.052
estudantes do SOME e seus responsáveis devem exercer seu direito de voto, para
atingir o percentual de 1/3, quorum mínimo previsto pelo portaria.
As 14 comunidades escolhidas para
receber as urnas tinham matriculados um total de 1.407 estudantes, ou seja,
quase 2/3 do colégio eleitoral do SOME, no município de Santarém.
Como vocês podem perceber pela
reconstituição do processo eleitoral, em 2009 a comunidade escolar do SOME
participou das eleições.
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