Participação, responsabilização social
e homenagem com imagens sem legendas
por Eládio Delfino Carneiro Neto ------------------------------------------------------------------------------------------------------------
por Eládio Delfino Carneiro Neto ------------------------------------------------------------------------------------------------------------
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trabalhadores da educação pública da rede estadual de ensino de Santarém
reuniram quinta-feira, 29 de setembro, na escola Madre Imaculada para mais um
bate papo sobre o movimento grevista deflagrado pela categoria na
segunda-feira, 26, por conta do não cumprimento por parte do governo estadual
(Simão Jatene) do pagamento integral do Piso Salarial Nacional, como orientou o
Supremo Tribunal Federal (SFT), em decisão tomada 24 agosto de 2011, tornando inconteste
qualquer opinião que desafie a constitucionalidade e a aplicação imediata da
Lei 11.738 (Piso do Magistério).
Mais uma greve se configurou e a equipe governista joga a opinião
pública contra os trabalhadores da educação, como se estes fossem culpados pela
omissão do governador Simão Jatene, que simplesmente não cumpriu com o
ordenamento do STF. Por conta disso, não podemos deixar de fazer uma reflexão, tendo
como base a caminhada do movimento social pela Educação, na região Oeste do
Pará e a greve de 2008.
Neste ano, sob a luz dos propósitos do
Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), lançado pelo Ministério da Educação
(MEC), os trabalhadores e trabalhadoras da Educação estadual foram vencedores
ao exercerem o seu direito constitucional de greve, porque dois fatos
primordiais e imprescindíveis, para que houvesse o desenvolvimento na Educação
tornaram-se dimensões visíveis dentro do movimento grevista.
O primeiro
deles foi a mobilização social, que ocorreu entre os trabalhadores. Estes não
cruzaram os braços quando foi lançada a minguada contraproposta do governo, em
relação a pauta de reivindicações mínimas para que o sistema de ensino
funcionasse. Literalmente nós demos um abraço simbólico na 5o
URE, para manifestar nosso descontentamento e nossa responsabilidade social com
a educação.
O segundo
fato para o sucesso da empreitada foi que, através de nossas ações, cobramos a
responsabilização social não só dos atores da educação, mas principalmente da
classe política e governante.
Estes dois
fatos, além de atestarem a nossa vitória, indicam que o movimento social dos
trabalhadores e trabalhadoras da educação na região incorporou a Educação como
valor social.
O PDE, a
luz da definição constitucional de Educação como direito de todos e dever do
Estado e da família, diz que a mobilização e respon-sabilização são dois
imperativos para que ocorra o desenvolvimento na Educação.
O próprio
PDE diz em seu tópico 1, das razões e princípios, que “...a sociedade
somente se mobilizará em defesa da educação se a incorporar como valor social,
o que exige transparência no tratamento das questões educacionais e no debate
em torno das políticas de desenvolvimento da educação. Desse modo, a sociedade
poderá acompanhar sua execução, propor ajustes e fiscalizar o cumprimento dos
deveres do Estado.”
Finalizando,
podemos dizer que além da vitória, os trabalhadores trilharam e trilham o caminho
certo para que houvesse o desenvolvimento da Educação em Santarém, pois nota-se
que os seis pilares de sustentação do PDE: territorialidade, desenvolvimento,
regime de colaboração, mobilização e responsabilização serviram de base
para as ações do movimento grevista naquele ano.
Em 2011,
com poucas e desprezíveis resistências, o movimento continua. Por conta disso,
o Modular Notícias homenageia,
alguns desses ícones, através dos quais queremos homenagear a todos os
educadores e educadoras, que realmente estão cumprindo com seu papel social. As fotos estão
sem legendas.
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