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Professor paga o próprio piso (É PRA RIR OU PRA CHORAR?)
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O geógrafo Alex Ruffeil |
Novamente estamos na encruzilhada da desesperança. Sabemos que caminho
trilhar, mas a ignorância ou a falta de coragem nos força a permanecer
no centro. No teatro de fantoches somos espectadores da mentira
propagada por um Governo, que como tantos outros, é desonesto e
corrupto. Estamos definhando, mas ainda vivos.
O medo da greve - 'O
MEDO DA ORIGEM AO MAL" - corrompe nossos sentimentos, fortalece nossos
opositores e mascara as mazelas da educação. Não grevamos porque
queremos, mas sim porque é necessário. Ou fazemos isso ou nos tornamos
escravo do sistema que corrompe pouco a pouco a sociedade.
Numa
jogada de mestre (na arte de enganar) o Governo do Estado mais uma vez,
inescrupulosamente, ludibria a sociedade quanto à educação no Pará.
Noticiada aos quatro ventos pela imprensa local o pagamento do piso,
como algo surpreendente, pelo governo (o que não seria mais que sua
obrigação), porém, infelizmente, não foi explicado corretamente como
seria pago os valores aos professores.
No sentido de “(des)
valorizar a educação” governo retira abono FUNDEB dos professores para
pagar piso nacional, sem ganhos reais para os educadores. Pois ao
retirar o abono para pagar o piso as vantagens incididas nas
gratificações cobriram o abono e o que sobrou foi para os descontos de
impostos, plano de saúde e IGEPREV. Sendo assim, ganhos reais para a
categoria não houve em função da postura arbitrária do governo que para
pagar o Piso retira o abono e sangra a categoria. E mais uma vez nos
perguntamos: o que será feito com esse dinheiro do FUNDEB?
Como uma
forma de “vingar” a última greve, o Governo quer dar mais um golpe com a
tentativa de transformar a jornada de trabalho de hora-aula para hora
relógio. Em vez de sairmos da sala de aula para a hora-atividade “é o
tempo reservado ao docente, cumprido na escola ou fora dela, para estudo
e planejamento, destinado a avaliação do trabalho didático e a
socialização das atividades pedagógicas, atividades de formação
continuada, reunião, articulação com a comunidade e outras atividades
estabelecidas no projeto político pedagógico”, segundo o PCCR,
continuaríamos com a mesma carga horária em sala e o tempo de sobra (15
minutos, já que a hora-aula tem 45 minutos e o relógio 60) ficaria para a
hora-atividade. Contrariando o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração,
criada e sancionada em 2010, que diz no “§1º As jornadas de trabalho
previstas neste artigo compreendem as horas-aula e as horas-atividade” e
não dá nenhuma abertura para essa interpretação.
Dessa forma, o
Governo Tucano Simão Jatene procura barganhar submetendo as negociações
uma proposta absurda e sem respaldo jurídico para fazer os profissionais
da educação reivindicarem o modelo antigo. Trocando em miúdos, ficaria
tudo como está! Não podemos aceitar essas agressões a categoria,
compactuando com a mediocridade que é hoje o sistema educacional
brasileiro.
Há muito tempo estamos expondo que dinheiro para a
educação existe, o que falta é compromisso para investir os recursos e
beneficiar a sociedade de uma forma geral. Ou seja, o Governo tenta
inverter novamente a situação, beneficiado pelos meios de
(des)comunicação (Diário e Liberal), colocando a responsabilidade para
os trabalhadores da educação de provar para a sociedade que nós estamos
sendo lesados. Ao invés de estarmos discutindo a melhoria da educação de
forma ampla estamos nos pautando em questões específicas para
justificar as irregularidades do Governo do Estado do Pará. Por isso,
conseguimos avançar pouco em direção as transformações sociais que
queremos.
Homenageando o humorista Chico Anysio, com suas clássicas
críticas sociais, como na escolinha do Professor Raimundo “E o salário,
ó...”. Assim como a educação.
Prof. Ms. Allan Silva
Prof. SOME Alex Ruffeil.
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