Comunitários querem expulsar beberrões
Jasson Iran |
A
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pesquisa “A venda, consumo ou proibição da bebida alcoólica na comunidade de
São Miguel – Rio Arapiuns” realizada
pelo sociólogo Jasson Iran Monteiro da Cruz, do corpo docente do SOME, Polo de
Santarém, na Comunidade de São Miguel, no rio Arapiuns, durante o processamento
do 1o módulo do ano letivo 2012 revela que 80% dos
comunitários entrevistados concorda que quem desrespeitar as normas (impostas
para quem beber em excesso e provocar desordens) deve ser chamado e avisado uma
e até duas, mas que na terceira vez, deve ser expulso da comunidade.
O estudo foi realizado pelo sociólogo, por conta de
que parte dos comunitários de São Miguel estão insatisfeitos e vem realizando
reuniões entre as lideranças comunitárias e os comerciantes, para coibir a
venda e o consumo de bebidas alcoólicas na comunidade.
Segundo Jasson Iran, O objetivo da pesquisa, não foi o
de apresentar soluções para o problema local, mas de contribuir com informações
técnicas e científicas para o debate e a reflexão entre os comunitários, acerca
das medidas de controle a serem implementadas em São Miguel.
Método - Como metodologia
foi utilizado um questionário contendo alguns dados sociográficos para definir
o perfil dos entrevistados. Também compunham o formulário, 12 questões
específicas sobre o problema, de forma clara e conexa. O questionário foi curto,
com apenas uma página e as perguntas fechadas dando ao pesquisador o poder de
escolha, dentre as possibilidades de respostas sugeridas no formulário.
A coleta de dados foi feita pelos estudantes da 2a
e 3a série do Ensino Médio Modular (EMM), após preparação
pelo professor/pesquisador. Os alunos aplicaram um total de 126 formulários
através do processo de amostragem, no qual representaram parte significativa do
total de moradores da comunidade, caracterizando uma pesquisa demonstrativa.
Resultados - Inicialmente os
entrevistados foram inquiridos se já consumiram algum tipo de bebida alcoólica.
Numa proporção superior, 57% responderam que sim, enquanto 41% responderam que
não e 1% deixou em branco, não querendo revelar se já havia bebido ou não. Além
disso, os números revelaram que 23% se sentem incomodados com o consumo de
bebidas alcoólicas na própria família, 44% se incomodam com a venda e o consumo
de bebidas na comunidade, contra 30% que revelou não se incomodar 1% que não se
manifestou.
A pesquisa revelou
também que 67% dos entrevistados revelaram algum tipo de incômodo em relação às
pessoas que bebem e abusam da ousadia na comunidade. Os tipos de incômodos se
manifestam de diversas maneiras, chamando atenção de 24% dos entrevistados que
se sentem incomodados com gritaria nas ruas e latido de cachorros provocados
pelos bêbados que provocam as perturbações do sono. Também é considerável o
incômodo para 24% dos entrevistados com os palavrões nas ruas ou próximo das
casas. 25% se incomodam com o desrespeito dos bêbados às famílias, assim como
15% se incomodam com brigas em famílias e 4% se incomodam com a violência
doméstica, quando os bêbados se aproveitam da bebida para tirar satisfações com
os seus parentes.
Jasson Iran também buscou saber se o entrevistado concorda que a
proibição da venda e do consumo de bebida alcoólica na comunidade vai resolver
os problemas de desrespeito e vandalismo na comunidade. Sessenta e cinco por
cento dos entrevistados responderam que sim, mas se tiver punição para quem
beber e aprontar na comunidade. Ao contrário 31%, disseram que não vai resolver
os problemas de desrespeito e vandalismo na comunidade, porque se proibir aqui
na comunidade, as pessoas que bebem vão beber em outras comunidades ou vão
comprar na cidade e os problemas vão continuar.
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