terça-feira, 1 de maio de 2012

SÃO MIGUEL - RIO ARAPIUNS


Comunitários querem expulsar beberrões
Jasson Iran
A
 pesquisa “A venda, consumo ou proibição da bebida alcoólica na comunidade de São Miguel – Rio Arapiuns” realizada pelo sociólogo Jasson Iran Monteiro da Cruz, do corpo docente do SOME, Polo de Santarém, na Comunidade de São Miguel, no rio Arapiuns, durante o processamento do 1o módulo do ano letivo 2012 revela que 80% dos comunitários entrevistados concorda que quem desrespeitar as normas (impostas para quem beber em excesso e provocar desordens) deve ser chamado e avisado uma e até duas, mas que na terceira vez, deve ser expulso da comunidade.
O estudo foi realizado pelo sociólogo, por conta de que parte dos comunitários de São Miguel estão insatisfeitos e vem realizando reuniões entre as lideranças comunitárias e os comerciantes, para coibir a venda e o consumo de bebidas alcoólicas na comunidade.
Segundo Jasson Iran, O objetivo da pesquisa, não foi o de apresentar soluções para o problema local, mas de contribuir com informações técnicas e científicas para o debate e a reflexão entre os comunitários, acerca das medidas de controle a serem implementadas em São Miguel.
Método - Como metodologia foi utilizado um questionário contendo alguns dados sociográficos para definir o perfil dos entrevistados. Também compunham o formulário, 12 questões específicas sobre o problema, de forma clara e conexa. O questionário foi curto, com apenas uma página e as perguntas fechadas dando ao pesquisador o poder de escolha, dentre as possibilidades de respostas sugeridas no formulário.
A coleta de dados foi feita pelos estudantes da 2a e 3a série do Ensino Médio Modular (EMM), após preparação pelo professor/pesquisador. Os alunos aplicaram um total de 126 formulários através do processo de amostragem, no qual representaram parte significativa do total de moradores da comunidade, caracterizando uma pesquisa demonstrativa.
Resultados - Inicialmente os entrevistados foram inquiridos se já consumiram algum tipo de bebida alcoólica. Numa proporção superior, 57% responderam que sim, enquanto 41% responderam que não e 1% deixou em branco, não querendo revelar se já havia bebido ou não. Além disso, os números revelaram que 23% se sentem incomodados com o consumo de bebidas alcoólicas na própria família, 44% se incomodam com a venda e o consumo de bebidas na comunidade, contra 30% que revelou não se incomodar 1% que não se manifestou.
A pesquisa revelou também que 67% dos entrevistados revelaram algum tipo de incômodo em relação às pessoas que bebem e abusam da ousadia na comunidade. Os tipos de incômodos se manifestam de diversas maneiras, chamando atenção de 24% dos entrevistados que se sentem incomodados com gritaria nas ruas e latido de cachorros provocados pelos bêbados que provocam as perturbações do sono. Também é considerável o incômodo para 24% dos entrevistados com os palavrões nas ruas ou próximo das casas. 25% se incomodam com o desrespeito dos bêbados às famílias, assim como 15% se incomodam com brigas em famílias e 4% se incomodam com a violência doméstica, quando os bêbados se aproveitam da bebida para tirar satisfações com os seus parentes.
Jasson Iran também buscou saber se o entrevistado concorda que a proibição da venda e do consumo de bebida alcoólica na comunidade vai resolver os problemas de desrespeito e vandalismo na comunidade. Sessenta e cinco por cento dos entrevistados responderam que sim, mas se tiver punição para quem beber e aprontar na comunidade. Ao contrário 31%, disseram que não vai resolver os problemas de desrespeito e vandalismo na comunidade, porque se proibir aqui na comunidade, as pessoas que bebem vão beber em outras comunidades ou vão comprar na cidade e os problemas vão continuar.

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