domingo, 27 de outubro de 2013

GREVE: SOME SANTARÉM

 
 

Comando de greve reúne
com Comissão de Educação

O presidente da Comissão de Educação, vereador Carlos Alberto
 
C
umprindo com a agenda de greve, por volta das 11h30 de hoje, 23 de outubro, trabalhadores da rede estadual de ensino lotados no Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME), Polo de Santarém (Santarém, Belterra, Aveiro e Mojuí dos Campos) reuniram com vereadores da Comissão de Educação da Câmara Municipal, para tratar sobre o movimento grevista deflagrado na região.
O professores do SOME, lotaram a sala de reunnião
Jasson Iran, do comando de greve tece suas considerações
Presentes na reunião, os vereadores Dayan Serique, Paulo Gasolina, Carlos Alberto e Ivete Bastos assistiram a uma apresentação, preparada pelo comando de greve, com informações sobre o andamento do movimento grevista nos municípios, que compõem o polo e no estado do Pará. Após a apresentação, eles escutaram as demandas dos trabalhadores presentes no encontro, entre elas: convênio SOME município/estado, bolsa alimentação, infraestrutura precária na moradia dos professores, transporte escolar.
Após a exposição dos professores Educação, o presidente da Comissão de Educação da Câmara Municipal de Santarém, vereador Carlos Alberto, deu sequência na reunião dando as boas-vindas aos presentes. Depois pediu desculpas, por conta do local da reunião ser inadequado e pequeno para o número de pessoas presentes.
Em seguida, informou que a Comissão de Educação irá elaborar um relatório de algumas questões de encaminhamento que eles irão tentar colocar em prática, para que o comando de greve não fique sem resposta em relação às questões discutidas naquela reunião. Depois passou a palavra aos vereadores.
Antônio Carlos, pediu resposta sobre a gratificação paga pela prefeitura
Paulo Gasolina - Primeiramente falou o vereador Paulo Gasolina. Discorreu sobre a importância de se ter os dados estatísticos apresentados pelos trabalhadores presentes, para serem questionados juntos aos deputados. “Independentemente da estatística do governo é fundamental ter uma estatística paralela, para mostrar a realidade, que muitas das vezes são maquiadas”, enfatizou o parlamentar, sugerindo a criação de um documento, com a demanda dos educadores.
Paulo Gasolina comentou também sobre o questionamento feito pelo professor Antonio Carlos Andrade Lima, sobre o fato do governo municipal, até o momento, não ter dado nenhuma resposta aos trabalhadores do SOME, sobre o não pagamento da bolsa alimentação, apesar da vice-prefeita Maria José Maia ter se comprometido, junto a uma comissão de professores, em dar essa resposta e até o momento não houve retorno.
Paulo Gasolina explicou que caso o dinheiro não tenha sido incluso no orçamento do ano anterior, não há como resolver a situação. Mas ante a afirmação do professor de que o dinheiro estava orçado, cabe aos vereadores verificarem se realmente o dinheiro está incluso no orçamento, para dar uma resposta à comissão.
Finalizando sua fala, Paulo Gasolina sugeriu que após a montagem do documento pelos professores, a Comissão de Educação reúna novamente com os trabalhadores, para a discussão e socialização do teor. “Nós vamos analisar junto com uma comissão até menor de trabalhadores, para depois dar satisfação a todos os professores sobre o que nós vamos fazer com os deputados e pressionar o governador. Também o que nós vamos fazer para ir até a Câmara Municipal, para que autorize o prefeito a melhorar a situação dos educadores, principalmente em satisfação pessoal.”, enfatizou o vereador.
Ivete Bastos - Em seguida foi vez da vereadora Ivete Bastos se pronunciar. Ela disse que conhece cada uma das comunidades santarena e sabe das dificuldades, da falta de infraestrutura, para estudantes e professores.
“O meu comprometimento, com os demais vereadores é somar na busca. Não fazer uma divergência partidária, mas sim buscar alternativas, para melhorar. Porque eu aposto. Eu acredito. Eu parabenizo aqueles que saem da área urbana, para ir lá para a área rural fazer esse enfrentamento, no meio do carapanã. Viajar de bajara. De remo. Viajar a noite, no meio das cobras e de tantas outras ameaças que se tem e por seu pouco salário.”, enfatizou Ivete Bastos.
No final de seu pronunciamento ela falou sobre uma proposição sua, já proposta duas vezes em plenário, para a realização de uma audiência pública na Câmara Municipal, sobre a educação da área rural: ensino médio regular e modular. Ela aproveitou a ocasião, e sugeriu que a Comissão de Educação tomasse a iniciativa de apresentar a proposta da realização da audiência.
Dayan Serique - Em seguida foi vez do vereador Dayan Serique. Primeiramente ele falou sobre a importância do Ensino Modular nas comunidades. “Todas as comunidades onde funciona o SOME se desenvolveram. Elas tem algo a mais em relação às outras comunidades, porque tem o conhecimento”, enfatizou o vereador.
Depois parabenizou os professores do SOME, enfatizando que eles representam o estado sem a mínima condição, mas são eles que estão fazendo a diferença. “Eu gostaria de parabenizar os professores, pois não é fácil. As pessoas dizem: ‘ah, mas tem um salário diferenciado’. Mas o trabalho é diferenciado também. As condições não são as mesmas. Você abdica do convívio do dos seus filhos, da sua família, para estar lá na comunidade cuidando da família dos outros. Nem todo mundo está disposto a fazer isso”, justificou Dayan.
Ele disse ainda a atual legislatura assume o compromisso de: 1. Garantir no orçamento do município, o pagamento da gratificação dos professores do Ensino Modular; 2. Garantia de recursos para a oferta da casa dos professores mobiliada.
A Comissão de Educação ficou de elaborar um relatório para socializar com os professores presentes na reunião.


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