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umprindo com a agenda de greve, por volta das 11h30 de hoje, 23 de
outubro, trabalhadores da rede estadual de ensino lotados no Sistema de
Organização Modular de Ensino (SOME), Polo de Santarém (Santarém, Belterra,
Aveiro e Mojuí dos Campos) reuniram com vereadores da Comissão de Educação da
Câmara Municipal, para tratar sobre o movimento grevista deflagrado na região.
O professores do SOME, lotaram a sala de reunnião |
Jasson Iran, do comando de greve tece suas considerações |
Presentes na reunião, os vereadores Dayan Serique,
Paulo Gasolina, Carlos Alberto e Ivete Bastos assistiram a uma apresentação,
preparada pelo comando de greve, com informações sobre o andamento do movimento
grevista nos municípios, que compõem o polo e no estado do Pará. Após a
apresentação, eles escutaram as demandas dos trabalhadores presentes no
encontro, entre elas: convênio SOME município/estado, bolsa alimentação,
infraestrutura precária na moradia dos professores, transporte escolar.
Após a exposição dos professores
Educação, o presidente da Comissão de Educação da Câmara Municipal de Santarém,
vereador Carlos Alberto, deu sequência na reunião dando as boas-vindas aos
presentes. Depois pediu desculpas, por conta do local da reunião ser inadequado
e pequeno para o número de pessoas presentes.
Em seguida, informou que a
Comissão de Educação irá elaborar um relatório de algumas questões de
encaminhamento que eles irão tentar colocar em prática, para que o comando de
greve não fique sem resposta em relação às questões discutidas naquela reunião.
Depois passou a palavra aos vereadores.
Antônio Carlos, pediu resposta sobre a gratificação paga pela prefeitura |
Paulo Gasolina - Primeiramente falou o vereador Paulo Gasolina.
Discorreu sobre a importância de se ter os dados estatísticos apresentados pelos
trabalhadores presentes, para serem questionados juntos aos deputados. “Independentemente
da estatística do governo é fundamental ter uma estatística paralela, para
mostrar a realidade, que muitas das vezes são maquiadas”, enfatizou o
parlamentar, sugerindo a criação de um documento, com a demanda dos educadores.
Paulo Gasolina comentou também
sobre o questionamento feito pelo professor Antonio Carlos Andrade Lima, sobre
o fato do governo municipal, até o momento, não ter dado nenhuma resposta aos
trabalhadores do SOME, sobre o não pagamento da bolsa alimentação, apesar da
vice-prefeita Maria José Maia ter se comprometido, junto a uma comissão de
professores, em dar essa resposta e até o momento não houve retorno.
Paulo Gasolina explicou que caso
o dinheiro não tenha sido incluso no orçamento do ano anterior, não há como
resolver a situação. Mas ante a afirmação do professor de que o dinheiro estava
orçado, cabe aos vereadores verificarem se realmente o dinheiro está incluso no
orçamento, para dar uma resposta à comissão.
Finalizando sua fala, Paulo
Gasolina sugeriu que após a montagem do documento pelos professores, a Comissão
de Educação reúna novamente com os trabalhadores, para a discussão e
socialização do teor. “Nós vamos analisar junto com uma comissão até menor de
trabalhadores, para depois dar satisfação a todos os professores sobre o que
nós vamos fazer com os deputados e pressionar o governador. Também o que nós
vamos fazer para ir até a Câmara Municipal, para que autorize o prefeito a
melhorar a situação dos educadores, principalmente em satisfação pessoal.”,
enfatizou o vereador.
Ivete Bastos - Em seguida foi vez da vereadora Ivete Bastos se
pronunciar. Ela disse que conhece cada uma das comunidades santarena e sabe das
dificuldades, da falta de infraestrutura, para estudantes e professores.
“O meu comprometimento, com os demais vereadores é somar na busca. Não
fazer uma divergência partidária, mas sim buscar alternativas, para melhorar. Porque
eu aposto. Eu acredito. Eu parabenizo aqueles que saem da área urbana, para ir
lá para a área rural fazer esse enfrentamento, no meio do carapanã. Viajar de
bajara. De remo. Viajar a noite, no meio das cobras e de tantas outras ameaças
que se tem e por seu pouco salário.”, enfatizou Ivete Bastos.
No final de seu pronunciamento
ela falou sobre uma proposição sua, já proposta duas vezes em plenário, para a
realização de uma audiência pública na Câmara Municipal, sobre a educação da
área rural: ensino médio regular e modular. Ela aproveitou a ocasião, e sugeriu
que a Comissão de Educação tomasse a iniciativa de apresentar a proposta da
realização da audiência.
Dayan Serique - Em seguida foi vez do vereador Dayan Serique. Primeiramente
ele falou sobre a importância do Ensino Modular nas comunidades. “Todas as
comunidades onde funciona o SOME se desenvolveram. Elas tem algo a mais em
relação às outras comunidades, porque tem o conhecimento”, enfatizou o
vereador.
Depois parabenizou os professores
do SOME, enfatizando que eles representam o estado sem a mínima condição, mas são
eles que estão fazendo a diferença. “Eu gostaria de parabenizar os professores,
pois não é fácil. As pessoas dizem: ‘ah, mas tem um salário diferenciado’. Mas
o trabalho é diferenciado também. As condições não são as mesmas. Você abdica
do convívio do dos seus filhos, da sua família, para estar lá na comunidade
cuidando da família dos outros. Nem todo mundo está disposto a fazer isso”, justificou
Dayan.
Ele disse ainda a atual legislatura
assume o compromisso de: 1. Garantir no orçamento do município, o pagamento da
gratificação dos professores do Ensino Modular; 2. Garantia de recursos para a
oferta da casa dos professores mobiliada.
A Comissão de Educação ficou de elaborar um relatório para socializar com os professores presentes na reunião.
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