A greve
no SOME Santarém
Educadores do SOME participam da assembleia do Sintepp, em Santarém |
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oje, 23 de outubro de
2013, os educadores do Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME), Polo de
Santarém, completam exatos 23 dias que decidiram paralisar suas atividades e aderir
ao movimento grevista deflagrado em Belém, pelos trabalhadores da rede estadual
de ensino.
Nestes dias de paralisação, algumas
ocorrências estão encorpando a história da mobilização social, dentro do corpo
docente do SOME, demonstrando que cada vez mais, os educadores estão
internalizando e acatando a ideia de que a mobilização social é imperativo,
para que haja qualidade na Educação.
Todos nós sabemos que a desmobilização ainda é muito grande. Uma prova
disso foi a criação do Plano de Mobilização Social pela Educação, pelo MEC, com
objetivo de fazer um chamamento à sociedade, para que cada um de nós, possamos
também assumir nossa parcela de responsabilidade pela qualidade na Educação.
Nas páginas do PMSE está escrito, que "uma
sociedade se torna uma nação quando é capaz de responder aos desafios postos
pela história. No caso da educação, uma das grandes tarefas da democracia é
fazer desse serviço um bem público, entendendo-se que, somente quando for
oferecida com a MESMA QUALIDADE em qualquer escola do País será possível
dizer que nessa sociedade existe educação pública. Quando a sociedade incorporar a educação como VALOR SOCIAL e
se MOBILIZAR para que todos e cada um dos brasileiros tenham educação de
qualidade será possível responder a esses desafios. Essa é a razão para o
chamado feito pelo Ministério da Educação aos diversos segmentos sociais para
que participem do esforço pela implementação do PDE em prol da melhoria da
educação brasileira.”
Os educadores do SOME estão de
parabéns, pois se mobilizaram. Agiram. Reuniram no dia 30 de setembro, para
tratar, entre outros assuntos, sobre a greve deflagrada no dia 23/9, pelos
trabalhadores em Educação da rede estadual de ensino, em
Belém. Foi feita sondagem e, através de votação, a maioria dos 55
trabalhadores presentes na reunião resolveram aderir a greve. No dia 1o
de outubro parte deles esteve na assembleia do Sintepp, realizada na escola
Onésima Pereira de Barros, para confirmar o voto a favor da greve. Infelizmente
a proposta do SOME, não foi vencedora, mas os educadores resolveram permanecer
no movimento, independentemente da decisão tomada pelos trabalhadores em
Santarém.
No dia 18 de
outubro, 87 educadores do SOME, Polo de Santarém, em reunião agendada pela
coordenação, para tratar do movimento grevista, voltaram através de votação a
reafirmar a greve. Na ocasião, foi criado um comando de greve, com a
missão de fazer o acompanhamento, elaborar estratégias e atividades para a
continuidade da mobilização social e da exercitação do direito de greve.
Na assembleia do Sintepp de 22/10 educadores votam pela paralisação total |
Comando de Greve presente em convecção do PMDB, no Iate |
Nessa mesma tarde, por volta das 16h30, os
educadores do SOME estiveram presentes na Marcha dos Estudantes, que percorreu
as ruas de Santarém e foi programada pela Sub Sede do Sintepp, como atividade
de paralisação semanal. À noite, a mobilização dos educadores foi na convenção
do PMDB, realizada no Iate Clube. Na ocasião os educadores, Jasson Iran e
Christiano Lima, representando o comando de greve, fizeram seus
pronunciamentos.
Hoje, quarta-feira, 23/10, a partir das 11h30, os
trabalhadores do SOME reúnem com a Comissão de Educação, na Câmara Municipal de
Santarém, para debater o movimento grevista.
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