sexta-feira, 4 de outubro de 2013

OPINIÃO

SOME: uma greve com surpresas

Por: Eládio Delfino

O coordenador Luis José  Rabelo socializa o seu apoio e voto a favor da greve

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elo menos duas surpresas foram contabilizadas por quem acompanha a mobilização social pela Educação, no corpo docente do Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME), Polo de Santarém, durante o processamento e estruturação do movimento grevista, que foi deflagrado pelos trabalhadores em educação da rede estadual de ensino, no dia 23 de setembro de 2013, em Belém.

Uma delas foi o apoio ao movimento propalado pelo coordenador do polo, Luis José Rabelo de Lima, durante reunião agendada pela coordenação no dia 30 de setembro, na escola “Álvaro Adolfo da Silveira”. Foi pela primeira vez e oficialmente, que um coordenador do SOME se coloca ao lado dos trabalhadores.

A outra surpresa também aconteceu nessa reunião: 55 docentes e técnicos participaram de votação, levantando os braços em favor da greve. Foi uma decisão unanime entre os professores, que através de votação decidiram apoiar e votar a favor da greve, na assembleia realizada pela sub sede do Sintepp, no dia 1 de outubro, quando foi decidido a posição dos trabalhadores de Santarém.

Antecedentes - Mobilização e votação expressiva igual a esta só aconteceu na greve de 2008, quando diante da minguada contraproposta do governo do Estado para o reajuste salarial dos trabalhadores, levou a categoria a decidir pela greve, no dia 24 de abril. Em Santarém, a decisão pela greve foi tomada em assembleia dos trabalhadores, realizada pelo sindicato na escola “São Francisco”.

 


 
Neste ano o corpo docente contava no mês de maio com um total de 123 professores, lotados para atuarem nas comunidades atendidas pelo SOME, no Polo de Santarém.

No dia 10 de maio de 2008, 31 docentes se mobilizaram e agendaram uma reunião na escola “Pedro Álvares Cabral”, que serviu para tirar o primeiro indicativo de greve. Todos os professores presentes decidiram pela adesão ao movimento grevista.
Naquela ocasião, a reunião iniciou com o matemático Arildo Nogueira Carvalho repassando os últimos informes sobre o movimento grevista no Estado.  Em seguida foi vez da  geógrafa Rainilza Maria Xavier Rodrigues falar sobre a situação do SOME, com a pauta de reivindicações, que ainda não fora encaminhada pelo diretor de ensino da SEDUC.

Rainilza falou também sobre a ideia do Estado em unificar para R$ 800,00 a gratificação pelo trabalho especial do Ensino Modular. Esta notícia causou uma grande comoção entre os educadores, que decidiram tirar o primeiro indicativo de greve e mobilizar a adesão dos outros professores do polo.

Para isso foi marcado um novo encontro, na segunda-feira, 12 de maio, às 17 horas na escola “Onésimo Pereira de Barros”, para se tirar oficialmente o indicativo de greve. Na ocasião, 66 professores e professoras presentes, se manifestaram pela exercitação do direito de greve, ou seja, 53% deles se propuseram em participaram da mobilização.

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