SOME:
uma greve com surpresas
Por:
Eládio Delfino
O coordenador Luis José Rabelo socializa o seu apoio e voto a favor da greve |
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elo menos duas surpresas foram contabilizadas por quem acompanha a
mobilização social pela Educação, no corpo docente do Sistema de Organização
Modular de Ensino (SOME), Polo de Santarém, durante o processamento e estruturação
do movimento grevista, que foi deflagrado pelos trabalhadores em educação da rede
estadual de ensino, no dia 23 de setembro de 2013, em Belém.
Uma delas foi o apoio ao movimento
propalado pelo coordenador do polo, Luis José Rabelo de Lima, durante reunião
agendada pela coordenação no dia 30 de setembro, na escola “Álvaro Adolfo da
Silveira”. Foi pela primeira vez e oficialmente, que um coordenador do SOME se
coloca ao lado dos trabalhadores.
A outra surpresa também aconteceu nessa reunião:
55 docentes e técnicos participaram de votação, levantando os braços em favor da greve. Foi uma decisão unanime entre os professores, que através de votação decidiram apoiar
e votar a favor da greve, na assembleia realizada pela sub sede do Sintepp, no
dia 1 de outubro, quando foi decidido a posição dos trabalhadores de Santarém.
Antecedentes
- Mobilização e votação expressiva igual
a esta só aconteceu na greve de 2008, quando diante da minguada contraproposta
do governo do Estado para o reajuste salarial dos trabalhadores, levou a
categoria a decidir pela greve, no dia 24 de abril. Em Santarém, a decisão pela
greve foi tomada em assembleia dos trabalhadores, realizada pelo sindicato na
escola “São Francisco”.
Neste ano o corpo docente contava no mês
de maio com um total de 123 professores, lotados para atuarem nas comunidades
atendidas pelo SOME, no Polo de Santarém.
No dia 10 de maio de 2008, 31 docentes
se mobilizaram e agendaram uma reunião na escola “Pedro Álvares Cabral”, que
serviu para tirar o primeiro indicativo de greve. Todos os professores
presentes decidiram pela adesão ao movimento grevista.
Naquela ocasião, a reunião iniciou com o
matemático Arildo Nogueira Carvalho repassando os últimos informes sobre o
movimento grevista no Estado. Em seguida foi vez da geógrafa
Rainilza Maria Xavier Rodrigues falar sobre a situação do SOME, com a pauta de reivindicações, que ainda não fora encaminhada pelo
diretor de ensino da SEDUC.
Rainilza falou também sobre a ideia do
Estado em unificar para R$ 800,00 a gratificação pelo trabalho especial do
Ensino Modular. Esta notícia causou uma grande comoção entre os educadores, que
decidiram tirar o primeiro indicativo de greve e mobilizar a adesão dos outros
professores do polo.
Para isso foi marcado um novo encontro, na segunda-feira, 12 de maio, às
17 horas na escola “Onésimo Pereira de Barros”, para se tirar oficialmente o
indicativo de greve. Na ocasião, 66 professores e professoras presentes, se
manifestaram pela exercitação do direito de greve, ou seja, 53% deles se
propuseram em participaram da mobilização.
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