Protesto pede atenção ao ensino modular
Professores do Sistema de Organização Modular de Ensino (Some) realizaram um manifesto ontem em frente à Secretaria de Estado de Educação para protestar contra a falta de pagamento da gratificação que os professores utilizam para locomoção e alimentação. O Some conta com cerca de mil professores, que atuam em áreas de difícil acesso que não possuem condições de ter uma escola regular, como comunidades ribeirinhas e ilhas. Mateus Ferreira, membro do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública no Estado do Pará (Sintepp-Pa), explica que alguns espaços nessas comunidades são adaptados para que sejam realizadas aulas do ensino médio. “Para os professores irem aos locais precisam de condições mínimas, como casa e despesa de deslocamento. Alguns locais não tem nem água potável”, afirma.
O professor Aloísio Pinheiro é do Some de Abaetetuba e percorre ao longo do ano 21 localidades para lecionar. Ele conta que a gratificação do mês de julho não foi paga, o que compromete o andamento das aulas.
“Toda vez que não pagam o mês de julho as aulas param em agosto”, diz. Segundo ele, outro problema também é a falta de pagamento do aluguel de vinte casas em Abaetetuba, onde os professores ficam hospedados. No final da manhã, os professores foram recebidos na Seduc para uma reunião com Waldeci Costa, secretário de Educação em exercício, o assessor político Altmá Alves e o diretor de ensino médio em educação profissional, José Roberto Silva. Procurada, a Seduc informou que se manifestaria por meio de nota oficial. O documento não havia chegado até o fechamento desta edição.
Fonte: Diário do Pará
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