O real e o oficial
------------------ Eládio Delfino -----------------
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s educadores e educadoras que atuam no Ensino Médio Modular (EMM) vivem numa fronteira entre o real e o oficial, no que diz respeito a decisões referentes ao cumprimento das proposições emanadas pela coordenação do SOME, Polo de Santarém.
Com relação ao cumprimento do calendário oficial, por exemplo, a adaptação a realidade comunitária é um fato que tem que ser considerado pelo professor na elaboração de seu planejamento, para que o módulo possa ser processado a contento.
Por conta disso, uma das primeiras ações do educador ao chegar na comunidade é solicitar ao gestor da escola anexa, a programação oficial do educandário, para fazer os ajustes necessários e contemplar em seu plano, as atividades programadas pela equipe pedagógica do município.
Na maioria das vezes, o educador deverá desprezar as orientações oficiais ou então adaptá-las, de acordo com a realidade da escola onde ocorrerá o módulo.
Para exemplificar a questão, tomemos o exemplo de um educador, que foi destacado pela coordenação do Polo de Santarém, para cumprir o 3o módulo na EMEF São Jorge, no Lago Grande. De acordo com o programa da escola o desfile cívico de “7 de Setembro”, acontecerá no dia 3 de setembro, sábado. Além disso, o corpo docente desfilará em outros dias em atividades cívicas programadas pelas escolas anexas de outras comunidades.
Logicamente, como a maioria dos estudantes do SOME estão envolvidos nos pelotões que desfilarão e na banda, haverá necessidade de adaptação, para que não haja prejuízo nas atividades pedagógicas programadas para serem realizadas pela comunidade escolar.
Outro exemplo – Na comunidade do Aritapera, em dezembro de 2008, o biólogo Antônio Carlos Andrade de Lima, juntamente com o educador físico Odonaldo Cardoso e da historiadora Elaine Cristina Coelho Pereira coordenaram, juntamente com os professores do Ensino Fundamental da EMEF Santíssima Trindade, o desfile cívico de 7 de Setembro.
O evento ocorreu no mês de dezembro, devido ás condiçoes ambientais, ou seja, na várzea não é possível desfilar no mês de setembro, devido a cheia do rio Amazonas.
Novos toques e novas coreografias foram acrescentadas à banda marcial da escola, que contou com a ajuda do instrutor Claudir.
A contribuição de Claudir deu-se a partir de convites dos professores. O desafio foi aceito e o objetivo alcançado. Segundo Claudir, mesmo com recursos limitados e poucos dias de treinamento, houve brilhantismo no evento.
Como vocês podem ver, o educador do SOME, tem que se adaptar ao planejamento da comunidade onde estiver servindo.
Eládio Delfino é professor do corpo docente do SOME, Polo de Santarém
Eládio Delfino é professor do corpo docente do SOME, Polo de Santarém
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