O posto telefônico do Murui
Por: Eládio Delfino
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s professores que atuam no
Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME), Polo de Santarém, passam por
situações inusitadas, para poderem entrar em contato com seus familiares. Neste
3o módulo do ano letivo 2013 fomos destacados para lecionar
na Comunidade de Inanu, na região do médio Lago Grande. No local não existe
sistema de telefonia fixa e nem sinal para o celular. Por conta disso, tivemos
a oportunidade de vivenciar um fato, que não podemos deixar de socializar com
os demais educadores, que forem servir naquela comunidade: por intermédio de
alguns moradores soubemos, que quando eles desejam telefonar para Santarém, se
deslocam até a Comunidade de Murui, na beira da rodovia Translago, distante 10
Km de Inanu.
No sábado, 14
de setembro, fomos de motocicleta, juntamente com um professor do município até
o local. Quando lá chegamos, deparamos com um barracão improvisado e dentro, duas
pessoas na espera, para também desfrutarem do serviço de telefonia. Sentado em
um banco e com o celular amarrado em um pedaço de madeira, fixada em uma base redonda
móvel, o senhor José Ramos Sarmento, que idealizou o posto telefônico, fazia uma
ligação. O mecanismo improvisado serve para não deixar o celular se movimentar do
local, onde o sinal é mais intenso e a ligação escutada com perfeição.
De acordo com
José Ramos, desde dezembro que ele trabalha com a telefonia. Ele construiu o
barracão, que surgiu como brincadeira, para eles se livrarem da chuva. O
negócio deu tão certo, que ele chega a faturar mais de mil reais por mês. José cobra
R$ 2,00 por quatro minutos de cada usuário, que pretenda ligar para Santarém. Caso a ligação seja interurbana, o valor sobe
para R$ 3,00.
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