Hoje a Alepa está nas mãos do povo.
A educação exige respeito
O governo do Estado não vai
passar para os trabalhadores as dívidas da educação. Jatene pague o que nos
deve
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ós trabalhadores (as) da
educação pública do Pará desde 2011 buscamos garantir um diálogo com o governo
estadual que aponte efetivamente para a superação dos problemas cruciais que
afetam a educação pública paraense.
Infelizmente o governo
Jatene sempre se colocou numa posição superior, isso percebe-se na indicação de
um grupo técnico para a interlocução conosco, sem nenhum poder de decisão.
Ocupar a Assembleia
Legislativa do Pará (Alepa) hoje (5) é mais uma tentativa de mostrar que não
estamos de brincadeira. A situação da educação pública em nosso estado é grave
e o governo Jatene tem que responder com ações práticas, não com falsa
propaganda.
Além dos mais 69 municípios
em greve desde 23/09, as subsedes de Acará, Belém, Castanhal, Terra Alta,
Belém, Ananindeua, Mocajuba, Abaetetuba, Jacundá, Barcarena, Moju, Bragança,
Viseu, Tailândia, Cametá, Concordia, Tomé-Açu e Marapanim já estão no prédio.
Jatene quer ver todos as cidades paraenses em nossa capital para respeitar a
categoria e a sociedade?
Ainda em 2011 suspendemos a
greve para reativar a mesa de negociação e garantir o enquadramento na carreira
dos professores e especialistas em educação, conforme o PCCR, implantado
parcialmente no mês de setembro do mesmo ano, e o pagamento retroativo do
enquadramento referente ao período de abril a agosto/11.
Nossa greve é autêntica,
justa e legítima, prova disso são as inúmeras manifestações de apoio dos
estudantes, comunidade escolar e sociedade civil que percebem nas nossas
reivindicações um compromisso com a educação pública de qualidade.
O governo Jatene se recusa
a atender nossas reivindicações e utiliza recurso público para fazer propaganda
mentirosa, as respostas são vazias e não representam conquista real. Apenas
promessas do governo são insuficiente para solucionar nosso impasse. Jatene,
saia de seu pedestal e ouça o povo!
AÇÃO E REAÇÃO: TRABALHADOR
EM EDUCAÇÃO MERECE RESPEITO
Na mídia saímos como os
“radicais”, mas há que se observar a intransigência do governo, que decidiu não
negociar mais com a nossa categoria se mantivéssemos o movimento grevista. Por
isso ocupamos a Secretaria de Educação (Seduc), para forçar o governo a retomar
as negociações com a mediação do Ministério Público.
Durante a ocupação Seduc
tivemos a demonstração de mais um ato intransigente e truculento do governo: o
uso da violência policial, inclusive contra jornalistas, e o estado de sítio
aos manifestantes que ocupavam o prédio.
Com a retomada das
negociações fomos surpreendidos por mais uma manobra do governo: o Ministério
Público (MPE) que teria o papel de mediar a negociação entre as partes
apresentou a proposta de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), que
vergonhosamente assumia posição de favorecimento do governo. O cúmulo do
absurdo foi quando o sindicato ofereceu contraproposta ao TAC e o MPE, através
de seu Procurador Geral, lançou uma nota reafirmando a posição autoritária de
orientar o desconto dos dias parados, desautorizando a Promotora Graça Cunha
que já havia recuado de seu recurso para negociar a desocupação do prédio da
Seduc.
Já estamos no 44º dia de
greve e reafirmamos: a ocupamos a Alepa aconteceu em resposta a posição
autoritária do governo do estado. Daqui só sairemos quando formos atendidos
pelo próprio governador Simão Jatene, pois nos recusamos a negociar com os
super secretários Alex Fiúza, Alice Viana, Cláudio Ribeiro e o corpo técnico da
Seduc como Waldecir Costa e Licurgo a quem responsabilizamos pelo travamento e,
consequentemente, o impasse na mesa de negociação.
Através da nossa luta,
organização e mobilização conseguimos uma reunião com um grupo representativo
de deputados e deputadas, inclusive com a presença do próprio Presidente da
Alepa e do líder do governo na Casa, o que possibilitou para ainda hoje (05/11)
uma reunião entre os deputados e o governador, cujo objetivo é negociar avanços
na negociação e uma estabelecer uma audiência entre Sintepp e Governador
Jatene.
PARÁ: ESTADO RICO,
POVO POBRE
Diversos deputados
evidenciaram com documentos que o governo conta com um caixa de R$ 1,8 bilhões,
de diversas transações financeiras, o que dá a possibilidade ao governo em
remanejar recursos do orçamento.
Além disso, a comissão de
deputados reconheceu a possibilidade do governo estadual em destinar legalmente
parte dos recursos provenientes da produção mineral para educação.
Portanto, o discurso já
bastante desgastado de “incapacidade orçamentária e financeira” para atender
nossas reivindicações, como por exemplo, o pagamento do retroativo do piso
salarial do magistério é falácia. O próprio contador do MPE afirmou
categoricamente em audiência que o estado tem sim condições de atender e
responder positivamente às nossas demandas. Jatene não engana a educação!
A JUSTIÇA A SERVIÇO DA
INJUSTIÇA
Os ataques da justiça,
submissa e subserviente aos interesses privados do governo Jatene, também
continuam tentando nos intimidar. Hoje após a ocupação da Alepa, a
desembargadora Maria do Céu Coutinho, Tribunal de Justiça do Estado (TJE)
assinou liminar que proibi a ocupação de prédios públicos. Ocorre que quando o
Sintepp foi notificado, a ocupação já havia acontecido, inclusive com o
conhecimento da presidência da Casa.
Considerando que o governo
do estado não tem legitimidade para cobrar a desocupação da Alepa, já que o
poder legislativo tem autonomia, não recuaremos. O Sintepp vai responder ao
próprio TJE, pois entendemos que foi a decisão de apenas uma desembargadora que
não tem competência para julgar tal questão, sobrepondo-se ao colegiado
deste Tribunal.
Nós trabalhadores (as) em
educação pública reafirmamos que não nos intimidaremos com os ataques do
Governo Jatene e seus tecnocratas. De nada adiantarão as mentiras e ameaças do
secretário Alex Fiúza através da mídia. O prédio da Alepa continuará ocupado
até que seja confirmada a audiência entre nós e o governador. Não abriremos mão
dos nossos direitos e conquistas e jamais recuaremos na defesa da educação
pública de qualidade. Hoje está Casa voltou as mãos de quem de fato a
construiu: o povo do Pará. Junte-se à nós, construa o Sintepp pela base.
Não há conquista sem luta.
A GREVE CONTINUA, JATENE A
CULPA É TUA!!!
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