sexta-feira, 20 de julho de 2012

POEMÁTICA SOMEANA


Um pouco de poesia para relaxar: o poema abaixo, de autoria da professora *Marledes Moraes Sousa, educadora do corpo docente do SOME, Polo de Santarém, foi publicado em março de 2007, na página seis da edição número cinco do Modular Notícias. 

Salve o Universo Vital

*Marledes Moraes Sousa 

Nas margens que passa o solo abrangente,
Nos fúlgidos raios de sol eloquente,
Os rios entrelaçam num grito de guerra,
Um socorro estridente à natureza tão bela.

Sem o acalento das mãos natural,
O brilho afogueado, num relvado valor,
De ameno sugante às águas cortantes,
Desaparecem do solo deixando o terror.

Num torrão conseqüente, um povo que brami,
Por deixar o fogo imperar sua chama,
Desfazendo do Verde esvaído no chão,
Egoísmo crescente, o poder da ambição,

Raios que brilham num tom natural,
Sem culpa de réu seu poder, seu valor,
Fenômeno aplausível no círculo da vida,
Do fogo que suga, alimento que brota,
Permeia beleza no desabrochar de uma flor.

No mapa só resta um grito de dor,
Geografia transformada, crueldade e horror,
Aqui São Francisco saudade restou,
Das águas, do Verde, do corpo molhado,
Na mesa de um povo alimento faltou.

Para o círculo da vida,
A mãe natureza gentil preparou,
Os fenômenos em conjunto na luta incansável
Atuantes, ativos, Universo Vital,
Deslumbrante trabalho, abundante riqueza no final resultou.

Desgarrado, egoísta, ambicioso, de baixo pudor,
Delinquentes atitudes, seus gestos impensados, sem nenhum valor,
Natureza que brami, indefesa,
Sem força, sozinha, desolada, sumindo,
Consequência aprovada para quem a matou.

O brilho escaldante, poder imperante,
Suga o leito das águas amenas,
O Verde que chora esvaído no chão,
Não mais protege e oxigena a nação.

Turrão que permeia sem brilho, sem vida,
Povo que chora natureza perdida,
Fome que destrói o poder, a nação,
Humanos mendigando um pedaço de pão.

O Verde futuro brame socorro,
Dele depende as águas a vida,
Poder da nação, voz ativa,
Atitude heroica, caráter, moral,
Nas mãos do Estado projeto se cria,
Salve o Verde Universo Vital.
A poetiza Marledes Moraes Sousa 

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