Depois de 21 anos SOME sai da Vila de Curuai
Uma das novidades anunciadas pelo coordenador Luis Rabelo na primeira reunião 2012 do corpo docente do SOME, Polo de Santarém foi a saída do SOME da Vila de Curuai, no Lago Grande, depois de 21 anos de funcionamento no local. Motivo: a Secretaria Executiva de Educação (Seduc) vai ofertar o Ensino Médio Regular (EMR), para os estudantes da vila, a partir de 2012. A escola estadual “Frei Othimar” (Santarém) foi escolhida para dar suporte pedagógico, na fase de implantação, até que seja construída a nova escola.
A luta dos membros da comunidade escolar do educandário “Tiago Xisto de Aragão” para que a Seduc implantasse o EMR em substituição ao Ensino Médio Modular (EMM), ofertado pelo Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME) iniciou em 2009.
Ela foi oficializada através do ofício 033/09 contendo abaixo-assinado de 217 estudantes e 128 comunitários, membros da comunidade escolar solicitando ao deputado estadual Antônio Rocha (PMDB), que intermediasse junto a Seduc, a construção de escola estadual na Vila do Curuai, para abrigar os estudantes do Ensino Médio.
O documento indicava que a comunidade dispunha de um terreno adequado para tal construção e que a escola Tiago Xisto de Aragão, sediadora do SOME, atendia na época uma demanda de 378 alunos regularmente matriculados, mas não havia espaço físico para todos no educandário, tendo em vista que havia um corpo discente com 811 alunos matriculados no Ensino Fundamental. A construção do prédio iria favorecer os estudantes do Ensino Médio da região do alto Lago Grande.
Por conta desta vontade oficializada pela comunidade escolar, no ano letivo de 2011, o coordenador do SOME, Polo de Santarém, Luis José Rabelo de Lima, elaborou um planejamento diferenciado para atender os estudantes da vila, considerando a proposta de efetivação do EMR. O plano previa o cumprimento de todas as disciplinas durante o ano letivo, de forma que a reposição de aulas não dificultasse a implantação do ensino regular.
Solicitação - No dia 21 de junho de 2011, durante despacho do governo estadual em Santarém, uma equipe com cinco representantes da Comissão Pró-Emancipação do Município do Lago Grande do Curuai, (Copemlago), entregou documento ao governador Simão Jatene (PSDB), solicitando uma série de reivindicações para o Lago Grande e ribeirinhos da margem esquerda dos rios Arapiuns e Aruã
Entre as 11 reivindicações constantes no documento. Duas referiam-se a Educação na região.
Uma delas é a construção de prédio escolar com 15 salas de aulas, que será a primeira escola de ensino médio regular das regiões do Lago Grande, Arapiuns e Aruã.
Além disso, o ofício dizia que a oferta de vagas no Ensino Médio para 2012 será insuficiente para o número de alunos existentes na região, pois a escola Tiago Xisto de Aragão não suportava a demanda de estudante.
No educandário, com salas anexas do Colégio Estadual Álvaro Adolfo da Silveira, estudaram 396 alunos, distribuídos em 15 turmas. Além destes, havia 184 estudantes do Ensino Médio Modular da comunidade de Aracurí e outros 77 alunos que ficaram sem estudar. Concluindo o Ensino Fundamental em 2011, conforme estatística inicial existiam 202 alunos. Além destes, a escola abrigava 818 estudantes de 5a à 7a séries. Por conta dessa demanda eles solicitavam a construção de nova escola.
A outra reivindicação constante no documento foi a implantação do ensino médio regular nas comunidades de Vila Socorro e Piraquara, com o fim de atendimento da grande demanda de alunos oriundos do curso fundamental do alto e baixo Lago Grande, que por falta de recursos financeiros, eram obrigados a encerrar a carreira estudantil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário