Site do Sintepp censura texto de professor
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m texto intitulado “A questão da aula suplementar e hora
atividade” publicado na página eletrônica da escola “Frei Othimar”, da rede
estadual de ensino, em Santarém, o educador Fernando de Pina denuncia que teve
texto censurado pelos moderadores do site do Sintepp. No texto ele diz que “...Hora
ou outra, publico abaixo de publicações do SINTEPP comentários que poderiam
enriquecer o debate e apontar algumas luzes para a luta, no entanto, são
censurados.”
.Abaixo o comentário censurado:
"Amigos do SINTEPP-Belém, claro que sempre almejamos melhorias
salariais, porém é preciso encarar a realidade e os argumentos propostos. O
nosso PCCR está desatualizado e é justo que se queira atualizá-lo, inclusive no
tocante a hora atividade passando de 20 para 33%. Vale ressaltar que o próprio
PCCR já veio desatualizado desde sua origem quando destinou 20% de hora
atividade e o governo remunerando 24% nas aulas suplementares. O parecer 9 e 18
de 2012 do MEC e do CNE dão sustentações aos argumentos, porém é preciso saber
em que norte caminharemos. Vocês propalam que aulas suplementares e hora
atividade não se equivalem e pregam a implantação da hora atividade e a
permanência dos vencimentos das aulas suplementares. Vejo esta iniciativa
equivocada e prejudicial à luta.
As aulas suplementares correspondem justamente a atividades extra classe
que o professor exerce na escola ou em casa e a extrapolação de carga horária,
que são remuneradas pelo Estado. Nós, ao invés de cumpri-las na escola e no
tempo da jornada, tendo aulas equivalentes na porcentagem com os alunos, como
manda a lei do Piso, a ocupamos com mais carga horária de sala de aula e
por isso o governo nos remunera para que as outras atividades também
educacionais sejam cumpridas em casa ou na própria escola fora do horário das
aulas. Dito isto, afirmo que seria mais sensato, permanecer na dinâmica atual,
de ocupar toda a jornada com alunos e o Estado continuando a remuneração das
aulas suplementares. A luta seria para que o governo aumentasse a porcentagem
no vencimento das aulas suplementares dos atuais 24% para os 33% ficando assim
de acordo com a Lei do Piso.
Com esta iniciativa teríamos mais chances de ganhos, pois o impacto na
folha seria menor e a logística do governo não seria tão afetada. Agora,
querer que o governo mantenha o pagamento dos 24% de aulas suplementares e que
implante efetivamente a hora atividade vejo como improvável, pelo caos que
causaria nas finanças e na logística educacional do Estado e na fraqueza dos
argumentos para tal sustentação."
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