Ensino modular
não funciona em Belterra
O
|
comunitário Jonivado Neves,
morador da comunidade de Piquiatuba, em Belterra, Oeste do Pará, esteve na
redação do jornal o Impacto, no começo desta semana, para denunciar que, por
conta de muitas promessas e enrolação por parte do coordenador do Ensino Modular
no município de Belterra, Davirley Sampaio e da antiga Secretária de Educação e
agora prefeita Dilma Serrão, o Sistema Modular de Ensino nunca foi implantado,
nem na comunidade Piquiatuba, onde a Escola Santa Terezinha funcionaria como
escola-polo, muito menos nas comunidades ao redor, onde os alunos sofrem por
falta de implantação desse programa de ensino público.
Descaso - “O coordenador do
Ensino Modular no município, Davirley Sampaio, deveria informar quais seriam os
procedimentos, para que as comunidades partissem do princípio da legalidade e
consequente implantação do programa”, disse Jonivaldo. “Infelizmente isso nunca
aconteceu. Incluindo a comunidade Nazaré e comunidades próximas, fizemos um
levantamento e existem 118 alunos que dependem da instalação do Ensino
Modular”, esclareceu.
Jonivadol Neves, morador na
comunidade Piquiatuba, onde moram cerca de 98 famílias, disse que apesar de
muito procurar documentos que pelo menos justificassem pedidos de ensino
modular para sua comunidade, tanto em Santarém, na 5ª URE, quanto em Belterra,
na Secretaria de Educação e Prefeitura, nada encontrou. Além da comunidade
Piquiatuba, onde mora, as comunidades de Aramanaí e Prainha também seriam
beneficiadas com a implantação do Ensino Modular da região do Tapajós:
“Acontece que há sete anos estamos esperando pelo Ensino Modular, mas nunca foi
implantado”, desabafou Jonivaldo. Cansados de confiar em promessas que nunca
foram cumpridas, resolveu procurar a equipe do jornal O Impacto onde fez a
denúncia.
O comunitário recorda que:
“na época em que eu era estudante tive que me deslocar à Santarém, porque na
comunidade Piquiatuba, onde morava, não existia o Modular”, contou Jonivaldo,
indagando: “Graças a Deus tive condições para viajar à Santarém, mas como é que
fica a situação do aluno que não tem condições financeiras, possui família e
filhos e quer estudar?”, pergunta ele.
Criticas - Desfiando seu
rosário de críticas, Jonivaldo Neves contou pormenores do que pode ser
considerado descaso por parte da prefeitura de Belterra e alguns funcionários
municipais: “Estamos esperando a posição da prefeita Dilma Serrão”, citou o
comunitário. Por obra e graça dos desígnios divinos. Na segunda-feira, dia 18,
houve uma reunião em Belterra, com membros da 5ª URE, SEDUC e representante da
prefeita Dilma Serrão. Aproveitando a reunião, os comunitários resolveram expor
o problema. Professor Nonato, da 5ª URE em Santarém, falou das possibilidades
que o Estado pode atingir para implantar o Ensino Modular.
Acontece que esses projetos
estavam parados, nem os membros da 5ª URE, muito menos os técnicos da SEDUC
sabiam explicar a razão”, disse Jonivaldo.
Falta de empenho - Na
referida reunião ficou esclarecido que alguém usou de má fé para que o Ensino
Modular não fosse implantado no município de Belterra. “Alguém do governo
municipal (Belterra), guardou o documento e nem chegou a dar entrada. Ontem,
segunda-feira, durante a reunião, o professor Nonato, da 5ª URE, entrou com
documentação e nós também vamos fazer assim, para que o processo de implantação
tenha início. O coordenador Davirley tem que usar de sabedoria para fazer
alguma coisa; deixar de aparecer nas comunidades apenas em época de eleições e
enrolar as pessoas, porque isso traz uma imagem negativa, para ele e para o
Município”, afirmou o comunitário. (Fonte: Jornal O Impacto - Por: Carlos Cruz)
Nenhum comentário:
Postar um comentário