Pagamento da bolsa alimentação
depende do orçamento municipal
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a quinta-feira, 14/2, uma comissão do Sistema de
Organização Modular de Ensino (SOME), formada pelos educadores Antônio Carlos
Andrade de Lima, Fada-Isis da Costa Pinheiro, Hitacy Santos dos Santos, Hermes Bessa, Maria Ocy
de Oliveira Martins, Joana Pastora e Manoel Domingos Oliveira Cunha reuniu com
a vice-prefeita de Santarém, Maria José Maia, para tratar sobre a bolsa
alimentação, que é fornecida pela Prefeitura Municipal de Santarém (PMS), aos
docentes que atuam no Ensino Médio Modular (EMM).
De acordo com
Hitacy Santos, a vice-prefeita informou que se a bolsa alimentação estiver incluída
no orçamento 2013 ela será paga. Caso contrário, a PMS não terá como fazer o
pagamento e, nesse caso os educadores terão que esperar o próximo ano, pois o
orçamento de 2014 só será votado em outubro.
A vice-prefeita informou
também que irá verificar se a verba está incluída no orçamento municipal, para
depois dar uma resposta ao coordenador do SOME, Luis José Rabelo de Lima, para
ser repassada aos professores. Quanto ao valor a ser pago, Maria José Maia
disse que juntamente o prefeito Alexandre Von irá estudar o caso.
A preocupação dos educadores do SOME,
com relação ao pagamento da bolsa deve-se ao fato de que o prefeito eleito Alexandre
Von (PSDB) sinalizou, ao assumir o governo, contenção nas despesas com pessoal.
Uso - Na região da várzea, dos rios Arapiuns e Tapajós, o
dinheiro da bolsa é utilizado pelos docentes, principalmente para a compra de
gelo, para armazenar os mantimentos e para pagar as passagens de deslocamento
para a comunidade. O dinheiro é usado também para o pagamento de luz e água, nas
comunidades onde tais serviços são disponíveis.
Dos quatro municípios que compõem o polo (Santarém,
Belterra, Aveiro e Mojuí dos Campos) somente Santarém paga a bolsa alimentação.
Em Belterra e Aveiro, apesar das inúmeras solicitações
feitas pelos educadores aos prefeitos, não houve acordo e o pagamento não está
sendo efetuado. Em relação a Mojuí dos Campos, somente ano passado é que o
município foi adicionado ao polo. A partir de 2013 pela primeira vez a cidade está
sendo gerenciada por um prefeito.
Levantamento - Em janeiro de 2011, uma pesquisa
de preço realizada pela equipe do Modular
Notícias revelou,
que o valor da bolsa alimentação paga pela Prefeitura Municipal de Santarém,
através da Secretaria Municipal de Educação e Desporto (SEMED), não dá para
alimentar um adulto, num período de 50 dias, de duração do módulo.
Em 1997,
como forma de atender as diversas reclamações feitas por parte de prefeituras e
professores, quanto a quantidade e qualidade dos gêneros alimentícios fornecido
pelas primeiras aos docentes, a SEDUC, com a ajuda técnica de sua equipe de
nutricionistas elaborou uma lista básica de alimentos, que foi oficializada
pela circular 30/97 do Departamento de Ensino Médio (DEME).
A
listagem de alimentos proposta pelo documento foi a utilizada na pesquisa de
preços, que foi realizada, no dia 14 de janeiro de 2011, no Supermercado
CR, da Avenida Tapajós.
A pesquisa revelou que o adulto terá que
desembolsar R$ 141,12, para poder comprar os gêneros alimentícios da cesta
básica, para um período de 15 dias.
Considerando
que o módulo dura 50 dias, esse valor deve ser multiplicado por três,
alcançando um montante de R$ 423,36. Valor este, que deveria ser repassado aos
educadores a título de bolsa alimentação.
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