Avanços e retrocessos da Educação
diante
das políticas adotadas
pelos gestores
Por: Maria Luiza Rocha
A
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o longo desse pequeno tempo de vida e
aprendizado nos surpreenderemos sempre com o ser humano, pois a capacidade de
criação e evolução. No que tange ao sistema educional brasileiro observamos que
este nunca fora pensado e estruturado para garantir uma educação pública, laica
de qualidade já que tanto na monarquia quanto na república não se pensou na
população deixada a margem da sociedade pelas políticas governamentais adotados
neste país.
No “Brasil as
coisas quanto mais mudam mais permanecem as mesmas.” Tal pensamento nos remete
a situação em que se encontra a educação pública, pois, há uma falta de atenção
muito grande por parte do estado, com relação a parte física as escolas estão
precárias, com poucas salas de aula, péssimas instalações, iluminação e as
reformas ocorrem lentamente. Já quanto ao aspecto funcional temos um quadro
reduzido de auxiliares educacionais; falta de professores, cuidadores, técnicos,
merenda de qualidade, salas lotadas e alunos fora da escola.
Devido não
haver uma política eficaz aos problemas postos, mas a bandeira da educação faz
parte de todo programa político eleitoral, promessas não nos faltam em todos os
cantos desta imensa e próspera nação.
Particularmente
em nosso “rincão amapaense” infelizmente não é diferente, enquanto a Educação
estiver atrelada a cor partidária pouco ou nada avançará. e ainda, pensá-la
como custo oneroso e não como investimento eficaz para o desenvolvimento
social, econômico, enfim em todos os aspectos da sociedade é contribuir para
manter a miséria e a opressão.
Partindo desse
princípio é que a alternativa apresentada pela equipe da Semed: a implantação
do horário intermediário, o dito “horário da fome” em seis escolas municipais
para a educação infantil e ensino fundamental que são: Vera Lúcia Pinon; Raimunda
Virgulino; Eunice Picanço; Esforço Popular; Ana Maria da Silva Ramos e Wilson Malcher,
visando a dita “inclusão social” de 1.567 crianças tem nos causados grandes
inquietações, angústia, pois enquanto integrantes do movimento social, sindical
da educação temos clareza da grandeza da causa e como defensores da escola
pública de qualidade o quanto essa oferta se contrapõe ao princípio previsto na
constituição federal no “artigo 206: igualdade de condições para acesso e
permanência nas escolas.”
É válido
ressaltar que embora o apelo social da inclusão esteja sendo utilizado como
justificativa para tal proposta e que nós enquanto sindicato não somos contra
milhares de crianças virem para a escola. Mas diante dessa medida adotada estaremos
a cobrar a garantia tanto da assinatura do TAC proposto pelo Ministério Público
quanto o que preconiza a Constituição.
Lutamos para
garantir que os recursos próprios da educação sejam de fato utilizados para
este fim e não para retroceder. Os trabalhadores e seus filhos não podem ser
penalizados pelas mazelas deste sistema e gestores sem compromisso. Quem pagará
as contas novamente da educação pública? Os professores? Os alunos? Os
trabalhadores da educação e demais dessa sociedade? Não podemos nos calar
diante da precarização da educação pública, sua melhoria não é custo é
investimento.
E para quem
não investe em educação continuaremos a dizer: “político que não investe em
educação não merece reeleição.”
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Maria
Luíza Rocha é professora do SOME Amapá
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