Projeto ajuda a reflorestar
Várzea de Igarapé do Costa
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om objetivo de recuperar áreas da várzea devastadas pela água e
amenizar a força da água no período da enchente, as professoras do SOME Joana
Pastora Nogueira (Geografia) e Lucilene Aguiar Cavalcante (Letras) propuseram
dar continuidade e coordenaram a realização de mais uma etapa do projeto
“Reflorestando Igarapé do Costa”.
O projeto foi proposto considerando
que o desmatamento é um dos problemas ambientais mais graves na Amazônia e que
tal problemática ocorre nas regiões ribeirinhas, principalmente nas várzeas.
Além disso, foi considerado o fato da
comunidade de Igarapé do Costa ficar situada em área baixa, por isso, logo é
atingida pela enchente, que causa grandes danos ambientais aos moradores todos
os anos, no período de fevereiro à
julho.
Diante dessa problemática, as
educadoras propuseram o projeto “Reflorestando Igarapé do Costa”, para o
envolvimento da comunidade estudantil na participação do processo de
reflorestamento da comunidade.
A parte ambiental do projeto
consistiu no corte das mudas do capim Canarana e a sua plantação nas margens
dos igarapés próximo das residências em Igarapé do Costa.
O projeto foi realizado em três etapas,
num total de 25 horas aulas. Na primeira etapa ele foi esboçado e socializado
com os estudantes, professores, direção da escola e comunidade em geral.
Na segunda etapa foram elaborados textos, produzidos pelos estudantes
da 2a e 3a séries do Ensino Médio Modular (EMM), com
reportagens, para a divulgação do projeto.
Metodologia - Para alcançar os objetivos propostos
primeiramente foi definido o local do plantio e as equipes de trabalho, assim
como os materiais a serem utilizados no reflorestamento.
A terceira etapa constituiu no
plantio da canarana e foi realizada nos dias 17 de setembro e 23 de outubro de
2010, num período de 10 horas. O projeto contou com o apoio e incentivo do
Instituto de Pesquisa da Amazônia (IPAM). A participação dos comunitários
também foi fundamental para que o projeto fosse colocado em prática.
REFLORESTANDO IGARAPÉ DO COSTA
A
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Comunidade Igarapé do Costa, no dia 17 de
setembro de 2010, mobilizou-se juntamente com o corpo docente e discente da
escola “São Sebastião” e do Ensino Médio Modular (EMM), com apoio do IPAM
(Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) e do WWF, para desenvolver o projeto piloto denominado
Reflorestamento que tem como principal objetivo amenizar as correntezas na
época da enchente que atinge os moradores ao longo dos anos.
Tal iniciativa em recuperar as áreas
devastadas pelas grandes mudanças climáticas ocorreu através da elaboração da
oficina “Testemunhas do Clima” idealizado há três anos na própria comunidade.
Nessa oficina os moradores
analisaram as dificuldades que vinham enfrentando como os terríveis banzeiros
que danificam as casas, pesca escassa e perigosa, tudo devido ao desmatamento
causado por seus antepassados, pois cultivavam a plantação da juta e do milho.
Segundo Ronam Benício Rego,
presidente da associação dos comunitários, a plantação de canarana irá atrair
muitos animais como a capirava, pirarucu, peixe-boi, tracajá, tartaruga e gerar
o crescimento de várias espécies de peixes, com isso, melhorar a renda mensal
dos pescadores e também, os motores a gasolina serão poucos utilizados, pois o
pescado estará próximo das casas.
Já o senhor Adão Pinto, comunitário,
relatou que sem a união, o projeto jamais terá êxito. Compara os dias atuais
com o passado e vê muitas diferenças porque antes existiam várias espécies de
animais e árvores e a população era numerosa.
Hoje, o número de pessoas residentes
diminuiu, devido a carência de pescado, sabendo que é o mais importante meio de
sobrevivência dos comunitários; os assoalhos das casas são de quase dois metros
de altura, o nível da água que começava subir em abril e a vazante era em
julho, agora é a partir de março até em agosto.
Outros moradores também fizeram
questão de comentar sobre o andamento do projeto.
O senhor Moisés, ex-presidente da
comunidade se sentiu feliz, pois todos estavam empenhados para o sucesso do
evento que, com certeza trará uma vida mais tranquila.
A senhora Marlene Rocha, auxiliar de
enfermagem, disse que o projeto beneficiará as próximas gerações. O aluno
Junior Vital enfatizou que essa atividade exerce grande valor em sua vida, uma
vez que, a preservação do meio ambiente depende inclusive dos jovens.
Alunos da 3a série do Ensino Médio Modular (EMM)
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