terça-feira, 25 de outubro de 2011

ESTÁGIO PROBATÓRIO

Professor denuncia assédio moral

Em nota de repúdio enviada 22/10 ao Modular Notícias, o sociólogo Jasson Iran, do corpo docente do SOME, Polo de Santarém, faz graves denúncias de assédio moral. Vejam no email abaixo.
Marcar com estrela 

Iran da Cruz

<irandacruz@gmail.com>
Anexo 22 de outubro de 2011 16:09
Para: Hitacy Santos <hitacyanalidia@hotmail.com>, Eládio Delfino Carneiro Neto Carneiro <eladiocarneiro1957@gmail.com>, noelsanches@hotmail.com
Nota de repúdio sobre a forma como o estado do Pará conduz a avaliação
dos servidores públicos em seu período probatório.
Exposição de caso
Servi ao Estado do Pará como temporário na educação por cinco anos, no
período de 1998 à 2003 quando sofri o maior desrespeito que um
profissional possa sofrer, nas garras ferinas de uma secretária de
educação carniceira, que não merece ter seu nome escrito. Mas como
disse, eu era temporário e temporário é tratado como massa de manobra
nesse tipo de governo, que já estava no poder naquela época.
Sofri perdas no contracheque ao ponto meu pagamento de agosto de 2003
ter chegado a míseros R$ 14,38 mesmo trabalhando no SOME, em
Medicilândia. Certamente foi uma perseguição porque eu grevei em 1999,
2000 e 2002, governo Almir Gabriel (PSDB) que deixou sua cria bastarda
Simão Jatene a partir de 2003. Quem é desse tempo conheceu o demônio
de perto na secretaria de educação.
Estou sendo muito incisivo e usando essas palavras porque mais uma vez
fiquei indignado e quando pisam no meu calo eu escandalizo mesmo.
Mexeram com meus traumas do passado. Sempre grevei e sempre grevarei
porque esse é o único momento que temos para reivindicar nossos
direitos e respeito ao servidor. Fora da greve não adianta reclamar,
xingar, se mal dizer. Falar por traz do governo não é inteligente nem
coerente.
Então, aqui estou eu lindo, novamente em greve. Ocorreu que recebi uma
mensagem no celular dia 17/10/2011, às 19:29: “Segundo a SEDUC seu
nome consta em uma relação de professores que estão em estágio
probatório e precisam ser avaliados. A coord. Solicita sua presença
amanhã as 08:30... para preencher a ficha de avaliação.” Na hora eu já
fiquei indignado porque já percebia que era mais uma tentativa de
pressão contra os grevista concursados em estágio probatório.
Mas fui lá, ver para crer. Vi, ouvi, acreditei e denuncio. Esse tipo
desprezível de atitude antiprofissional só me faz comprovar como o
Estado nos trata com desprezo, descaso e desrespeito. São por essas
coisas que devemos fortalecer nossa greve. Pelo respeito, consideração
e valorização ao servidor.
Pasmem, quando cheguei à minha coordenação meu nome e de outros
colegas estavam numa lista de servidores “para ter o período
probatório suspenso, no período em que estiver em greve”. Eu na hora
questionei que essa regra não se aplicaria a mim porque meu período
probatório acabara em 19/09/2011 e eu entrara em greve em 26/09/2011.
Dessa forma, já havia cumprido os três anos e não há mais o que
suspender. O técnico ainda teve a audácia de perguntar se eu havia
grevado no ano passado. Disse que sim, mas que ele não tinha nada a
ver com isso porque ele não estava onde eu grevei e no governo da
época não me ameaçaram, não me puniram.
Gente eu repudiei e questionei porque que o estado, a SEDUC/governo,
as direções de escolas e coordenações não tem consideração, não
valorizam, não respeitam o servidor, cumprindo uma agenda de concurso
e realizando as avaliações, preenchendo as fichas e efetivar o
servidor em tempo correto? Porque vem essa avaliação agora enquanto
estamos em greve? Isso não pode ser configurado como perseguição,
coação ou pressão psicológica contra o servidor em estágio probatório?
Isso é legal?
E o que é pior, após as ameaças, não preenchemos ficha alguma. Pediram
apenas que fizéssemos uma redação com o tema: “Descrever as tarefas
que vem desenvolvendo, destacar os aspectos positivos e negativos,
considerar os seguintes fatos: coordenação, planejamento, avaliação do
trabalho; espaço físico, equipamento e materiais; segurança, relação
de trabalho e outros e sugestão de melhorias na educação.” Eu
pergunto, isso tá certo? Não seria melhor se a SEDUC/governo fizesse a
mesma redação?
Conversando com colegas que foram avaliados em outros estágios
probatórios, constataram que não foi assim. Porém, na minha condição
de servidor, que nunca fui avaliado e sempre trabalhei e fiz greve,
fiz a tal redação. Não me oponho a fazer nenhum processo avaliativo. O
que eu repudio é que só somos chamados pela SEDUC/governo para sermos
avaliados na hora da greve. A SEDUC/governo não cumpre o seu papel
social, profissional e técnico quando lhe é de direito e usa de suas
falhas para ameaçar e punir os servidores. Repudio que a avaliação do
estagio probatório seja usado contra a liberdade do servidor e seu
direito de greve. Quantos outros servidores sofreram esse tipo de
desprezo, descaso e desrespeito de parte da SEDUC/governo? Servidor
denuncie ao SINTEPP...!!!! SINTEPP tome providências
severas!!!!!!!!!!!!!! Isso não é assédio moral?
Professor Jasson Iran M. da Cruz – SOME


São tantas coisas escabrosas que se vê, neste...
Maria Ocy Martins 4 de Novembro de 2011 14:11
São tantas coisas escabrosas que se vê, neste momento, que até Deus se envergonha de ser Pai Misericordioso. Avaliação em estágio probatório - admissão de servidor por Concurso Público é para medir habilidades e competencias do profissional em qualquer área da atividade humana. Na Educação, estágio probatório é uma somátoria de áreas avaliativas por acompanhamento de avaliadores da Unidade Escolar onde o Professor está vinculado. Se aconteceu desta forma é ilegal. O servidor não se avalia sozinho, muito menos com o tipo de orientação que o Professor Iran recebeu. Como diz Boris Cazoi "Isto é uma Vegonha!"

Nenhum comentário: