Professor denuncia assédio moral
Em nota de repúdio enviada 22/10 ao Modular Notícias, o sociólogo Jasson Iran, do corpo docente do SOME, Polo de Santarém, faz graves denúncias de assédio moral. Vejam no email abaixo.
Iran da Cruz<irandacruz@gmail.com> | 22 de outubro de 2011 16:09 | ||||
Para: Hitacy Santos <hitacyanalidia@hotmail.com>, Eládio Delfino Carneiro Neto Carneiro <eladiocarneiro1957@gmail.com>, noelsanches@hotmail.com | |||||
Nota de repúdio sobre a forma como o estado do Pará conduz a avaliação dos servidores públicos em seu período probatório. Exposição de caso Servi ao Estado do Pará como temporário na educação por cinco anos, no período de 1998 à 2003 quando sofri o maior desrespeito que um profissional possa sofrer, nas garras ferinas de uma secretária de educação carniceira, que não merece ter seu nome escrito. Mas como disse, eu era temporário e temporário é tratado como massa de manobra nesse tipo de governo, que já estava no poder naquela época. Sofri perdas no contracheque ao ponto meu pagamento de agosto de 2003 ter chegado a míseros R$ 14,38 mesmo trabalhando no SOME, em Medicilândia. Certamente foi uma perseguição porque eu grevei em 1999, 2000 e 2002, governo Almir Gabriel (PSDB) que deixou sua cria bastarda Simão Jatene a partir de 2003. Quem é desse tempo conheceu o demônio de perto na secretaria de educação. Estou sendo muito incisivo e usando essas palavras porque mais uma vez fiquei indignado e quando pisam no meu calo eu escandalizo mesmo. Mexeram com meus traumas do passado. Sempre grevei e sempre grevarei porque esse é o único momento que temos para reivindicar nossos direitos e respeito ao servidor. Fora da greve não adianta reclamar, xingar, se mal dizer. Falar por traz do governo não é inteligente nem coerente. Então, aqui estou eu lindo, novamente em greve. Ocorreu que recebi uma mensagem no celular dia 17/10/2011, às 19:29: “Segundo a SEDUC seu nome consta em uma relação de professores que estão em estágio probatório e precisam ser avaliados. A coord. Solicita sua presença amanhã as 08:30... para preencher a ficha de avaliação.” Na hora eu já fiquei indignado porque já percebia que era mais uma tentativa de pressão contra os grevista concursados em estágio probatório. Mas fui lá, ver para crer. Vi, ouvi, acreditei e denuncio. Esse tipo desprezível de atitude antiprofissional só me faz comprovar como o Estado nos trata com desprezo, descaso e desrespeito. São por essas coisas que devemos fortalecer nossa greve. Pelo respeito, consideração e valorização ao servidor. Pasmem, quando cheguei à minha coordenação meu nome e de outros colegas estavam numa lista de servidores “para ter o período probatório suspenso, no período em que estiver em greve”. Eu na hora questionei que essa regra não se aplicaria a mim porque meu período probatório acabara em 19/09/2011 e eu entrara em greve em 26/09/2011. Dessa forma, já havia cumprido os três anos e não há mais o que suspender. O técnico ainda teve a audácia de perguntar se eu havia grevado no ano passado. Disse que sim, mas que ele não tinha nada a ver com isso porque ele não estava onde eu grevei e no governo da época não me ameaçaram, não me puniram. Gente eu repudiei e questionei porque que o estado, a SEDUC/governo, as direções de escolas e coordenações não tem consideração, não valorizam, não respeitam o servidor, cumprindo uma agenda de concurso e realizando as avaliações, preenchendo as fichas e efetivar o servidor em tempo correto? Porque vem essa avaliação agora enquanto estamos em greve? Isso não pode ser configurado como perseguição, coação ou pressão psicológica contra o servidor em estágio probatório? Isso é legal? E o que é pior, após as ameaças, não preenchemos ficha alguma. Pediram apenas que fizéssemos uma redação com o tema: “Descrever as tarefas que vem desenvolvendo, destacar os aspectos positivos e negativos, considerar os seguintes fatos: coordenação, planejamento, avaliação do trabalho; espaço físico, equipamento e materiais; segurança, relação de trabalho e outros e sugestão de melhorias na educação.” Eu pergunto, isso tá certo? Não seria melhor se a SEDUC/governo fizesse a mesma redação? Conversando com colegas que foram avaliados em outros estágios probatórios, constataram que não foi assim. Porém, na minha condição de servidor, que nunca fui avaliado e sempre trabalhei e fiz greve, fiz a tal redação. Não me oponho a fazer nenhum processo avaliativo. O que eu repudio é que só somos chamados pela SEDUC/governo para sermos avaliados na hora da greve. A SEDUC/governo não cumpre o seu papel social, profissional e técnico quando lhe é de direito e usa de suas falhas para ameaçar e punir os servidores. Repudio que a avaliação do estagio probatório seja usado contra a liberdade do servidor e seu direito de greve. Quantos outros servidores sofreram esse tipo de desprezo, descaso e desrespeito de parte da SEDUC/governo? Servidor denuncie ao SINTEPP...!!!! SINTEPP tome providências severas!!!!!!!!!!!!!! Isso não é assédio moral? Professor Jasson Iran M. da Cruz – SOME Maria Ocy Martins comentou sua publicação em ENSINO MODULAR-SOME: PARÁ E AMAPÁ.
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