O
desenrolar da greve de 14
à
24 de outubro em Santarém
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4 de outubro - trabalhadores e as trabalhadoras em educação
santarenos compareceram em massa à assembleia do Sintepp, realizada no pátio interno da
escola “Frei Ambrósio”, para discutir estratégias de continuidade ao movimento
grevista deflagrado em Santarém desde o dia 26 de setembro.
Na ocasião, o
coordenador da sub sede do Sintepp em Santarém, Noel Sanches, repassou os
últimos informes sobre o movimento grevista em Belém, cujos membros se mantem
firmes em sua decisão de continuidade. Em seguida, Noel Sanches, fez uma
análise da greve em Santarém, que a cada dia ganha mais apoio dos diversos
trabalhadores em Educação e teceu um rápido comentário sobre o movimento
grevista no Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME), Polo de Santarém,
onde há uma forte resistência contra a mobilização social desencadeada pelos
trabalhadores da Educação. Por conta disso convocou os trabalhadores para participarem
na segunda-feira, 17/10, no “Álvaro Adolfo”, de mais uma atividade de
mobilização.
Depois foi aberto
espaço para a plateia se manifestar. Entre os assuntos abordados pelos
trabalhadores, a participação dos professores na realização, como fiscais e
assistentes na prova do ENEM. Uns se posicionaram contra a participação.
Outros, entretanto, se posicionaram a favor da participação na realização das
provas. A questão ficou de ser rediscutida na assembleia agendada para o dia 18/10.
Em seguida, diversas
propostas foram apresentadas à assembleia pelos trabalhadores. Entre elas, a
socialização com a sociedade, através de placas a serem afixadas nas casas dos
trabalhadores, sobre o descaso do governo com a Educação. Foi também proposto e
aceito a realização de um ato público, para denunciar o atrelamento do
Judiciário ao governo.
17 de outubro -
A mobilização planejada pelos trabalhadores junto ao corpo docente do Sistema
de Organização Modular de Ensino (SOME), Polo de Santarém na segunda-feira,
17/10 surtiu efeito, pois eles conseguiram mais 20 adesões ao movimento, além
das onze que já tinham sido conquistadas no início da greve junto ao Ensino
Modular.
Durante a reunião
realizada no “Álvaro Adolfo” foi feito uma consulta junto aos professores presentes
para saber como estava a adesão ao movimento grevista. Os educadores e
educadoras do SOME se levantaram, para simbolizar que a partir daquele momento estariam exercendo o direito
de greve, juntamente com os trabalhadores da rede estadual de ensino em Santarém.
Educadores do SOME levantam para simbolizar a adesão a greve |
18 de outubro –
Na escola “Onésimo Pereira de Barros” foi realizado mais uma assembleia dos
trabalhadores em educação. Na ocasião, Noel Sanches repassou os últimos
informes do movimento grevista em todo o Pará, tendo como informação principal
a audiência de conciliação que aconteceria nesse dia, às 12 horas, no Fórum Cível de
Belém e foi presidida pelo juiz Elder Lisboa. A audiência de conciliação está
prevista no artigo 448 do Código de Processo Civil e, caso as partes entrem em
um acordo, este é tomado por termo e homologado pelo juízo. Caso não haja
conciliação, o magistrado dá seguimento na ação passando a instrução e
julgamento do processo. Ficou também definida a participação de um
representante de Santarém na audiência.
Em seguida foi aberto espaço
para Orlando Pereira, secretário do Instituto Cidadão Pró-Estado do Tapajós, fazer
uma retrospectiva histórica e discorrer sobre como está se processando o
movimento de criação dos Estados do Tapajós e Carajás.
Depois da apresentação
de Orlando Pereira, os trabalhadores foram deslocados para outro espaço, por
conta do auditório do “Onésimo”, não ter assentos suficientes para os
trabalhadores presentes. Após o deslocamento para outro local, os trabalhadores assistiram uma
simulação sobre a questão salarial, tendo como base os valores do contracheque
e considerando as propostas do governo Simão Jatene e a pregada pelo PCCR.
24 de outubro –
Segunda-feira, os trabalhadores e trabalhadoras em Educação da rede estadual de ensino de Santarém reunem em assembleia geral,
agendada para às 8 horas, no “Madre Imaculada”, para definir os rumos da greve na cidade, depois da audiência de conciliação realizada na quarta-feira em Belém, em que o governo apresentou uma proposta para o pagamento do piso salarial nacional num prazo de 24 meses. Em Belém a categoria rejeitou a proposta e continua em greve. Tudo indica que em Santarém também será mantido a continuidade do movimento grevista.
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