Pagamento em 24 meses faz greve continuar
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s trabalhadores e trabalhadoras em
Educação de Belém reuniram em assembleia geral na sexta-feira (21), quando foi apresentada
a proposta do Governo do Estado, para o cumprimento do piso salarial nacional.
Ela foi recusada pela categoria, que decidiu continuar em greve.
Na reunião de conciliação de quarta-feira (19), mediada pelo juiz Elder
Lisboa, os secretários Nilson Pinto e Alice Viana apresentaram a proposta do
governo, que é de fazer o pagamento da complementação do piso em 24 meses. Ou
seja, os R$ 69,00 seriam pagos em dois anos.
De acordo com membros do Sintepp a educação no Pará continua sendo
tratada como mercadoria e deixa de lado trabalhadores, que não podem e não vão
esperar dois anos, para ter o salário base reconhecido. Por isso a categoria
mais vez decidiu pela permanência da greve, já que o Estado não cumpriu com a
decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), do pagamento imediato do piso.
Santarém – Em assembleia a ser realizada na escola
“Madre Imaculada”, na segunda-feira, 24/10, os trabalhadores da rede estadual
de ensino em Santarém decidem o prosseguimento do movimento grevista. Tudo indica que
a decisão na cidade será também da continuidade da greve.
Sintepp apura denúncias na lotação do SOME
Noel Sanches, Luis Rabelo, Isabel Sales e Gerson Oliveira |
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sabel Sales e Noel Sanches, coordenadores do
Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará estiveram na tarde da
terça-feira, 18/10, no “Álvaro Adolfo da Silveira”, para uma conversa com o coordenador
do Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME), Luis José Rabelo de Lima e apuração
de denúncias feitas ao sindicato contra Rabelo, de que teria praticado assédio
moral e irregularidades na lotação do 4o módulo.
A
conversa teve a participação dos professores Eládio Delfino Carneiro Neto
(Letras) e Gerson da Costa Oliveira (Biologia).
Eles
foram escolhidos para participar da
discussão, pelos educadores do SOME, durante a assembleia promovida pelo
Sintepp, na manhã da terça, 18/10, no colégio Onésimo Pereira de Barros.
Três
denúncias principais constaram na conversa: uma delas era que Luis Rabelo teria ameaçado alterar a
lotação de uma professora caso ela entrasse em greve.
Outra
era a concessão de privilégios e favorecimento para alguns professores do SOME
na lotação do 4o módulo.
A
terceira: Luis Rabelo teria se negado a repassar informações sobre a lotação
para uma professora.
Defesa
- Luis Rabelo se defendeu dizendo que as denúncias
não procediam. Com relação a lotação, explicou que a metodologia usada para
lotar os professores nos circuitos era o sorteio, como era de vontade dos
docentes.
Entretanto,
um imperativo, a demanda de disciplinas atrasadas dos anos de 2009 e 2010, não
permite que o sorteio seja realizado plenamente e com todos os professores.
Com
relação aos privilégios, Luis Rabelo disse que também não houve concessão de privilégio a nenhum
professor. Disse que a ocorrência anotada é que os professores que são
considerados privilegiados simplesmente usam o processo da permuta com outro
educador, no momento de realizar a lotação, uma prática comum entre os
trabalhadores.
Finalmente
sobre a negativa de repassar informações, Luis Rabelo também negou que isso
estivesse ocorrendo. Explicou que simplesmente no momento em que o documento
foi solicitado, o mesmo ainda não estava concluído. Ele entregou uma cópia da
lotação aos sindicalistas.
No
final da conversa ficou acertado a convocação de uma reunião, para hoje, 31 de
outubro, com os professores do SOME,
Polo de Santarém, para uma discussão e apuração das denúncias, que foram
apresentadas.
O Sintepp também está acompanhando a denúncia
feita pela bióloga Hitacy Santos dos Santos, contra o coordenador Luis José
Rabelo de Lima à diretora da 5a Unidade Regional de Educação (5a URE), que foi publicada na edição 31 do Modular
Notícias.
Na denúncia Hitacy Santos dos Santos também acusa
Luis Rabelo de ter cometido irregularidades na lotação do 2o e 3o módulo.
Entre
outras acusações a denunciante diz que no dia 1o de agosto às 8 horas, no auditório do IESPES,
foi realizada uma assembleia para fazer o sorteio da lotação do 3º módulo. Para
a surpresa de todos, o coordenador apresentou uma lotação determinada
exclusivamente para os contratados, deixando muitos contratados em comunidades
próximas e em seguida, abriu o espaço para realizar o sorteio da lotação para
os professores efetivos, o que ocorreu de forma arbitrária, pois os professores
não tiveram a oportunidade de escolha já que o próprio coordenador passou a
determinar as comunidades à serem sorteadas de forma isolada, de acordo com o grau de afinidade de cada
professor.
O que diz a lei - O Regime Jurídico Único dos
Servidores Públicos Civis do Estado do Pará diz em seu artigo 199, capítulo V, do processo
disciplinar, que a autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço
público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou
processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa.
No artigo 200, ele diz que as denúncias sobre irregularidades serão
objeto de apuração, desde que contenham a identificação e o endereço do
denunciante e sejam formuladas por escrito, confirmada a autenticidade.
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