Novos
horizontes se não
for isso, o que será?
M
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ais um módulo se encerra (o meu ainda
não), caraca, não! É mais uma ano letivo que se encerra no SOME Santarém, é
Dezembro, é Natal, as luzes natalinas da cidade já cegam os meus olhos, como
holofotes que cegam mais que iluminam, ué é dezembro mas a "neve"
amazônica (chuvas), ainda estão tímidas, ainda não vieram brindar em sua
plenitude o final do ano.
Volta pro texto Alex Ruffeil, tu não tá aqui pra falar de
Dezembro, Natal e chuvas, lembras? Verdade, lembrei, desculpa aí. Final de
módulo hora de fazer uma reflexão, uma introspecção, uma avaliação do nosso ano
letivo, nossos erros, nossos acertos, nossas alegrias, nossas tristezas,
impregnarmos de tudo que aconteceu de bom e exorcizarmos tudo de ruim que
aconteceu, porque um novo ano tá aí na porta e junto com ele um novo ano
letivo.
Pensei bem antes de escrever esse texto e decidir por escrever e
publicar, para suscitar uma reflexão/desabafo e mais do que isso um amplo
debate, quero deixar claro que aqui se trata apenas de minha opinião e que não
sou o dono da verdade e nem melhor do que ninguém sei que muitos não irão
gostar, mas quem me conhece sabe que não sou de me omitir.
A minha reflexão/desabafo nesse texto é sobre a postura de parte
dos camaradas do SOME Santarém, de completa letargia e omissão com relação ao
movimento sindical e principalmente com relação as transformações e as
discussões perante as mudanças no Projeto SOME.
O ano de 2012 e 2013 serão um marco na história do SOME, pelas
conquistas que poderemos implementar no sistema aqui no Pará, através da
aprovação da Lei Específica do Some no PCCR e a mudança na grade curricular,
debates estes que estão sendo travados com o governo, o que dá uma noção de que
a luta ela é constante e não para e que devemos estar unidos e fortes para
conquistarmos aquilo que nos é de direito, mas infelizmente parte da categoria
se mantém alheia como se isso não fosse influenciar diretamente sua vida profissional
e de certo modo pessoal.
Meu desabafo é principalmente coma ausência de grande parte dos
educadores do SOME Santarém no I Encontro Pará-Amapá do SOME, que trouxe até
Santarém debates e discussões muito importantes sobre o Projeto Some e os rumos
desse projeto dentro da educação do campo, a formação foi trazida para o Oeste
do Pará pelo SINTEPP e SINSEPEAP, trazer um evento desse porte para o
Hinterland amazônico é uma missão Hércula, mas que os “camaradas” de Santarém,
a maioria, tratou o Encontro como se fosse em Marte.
No meu Humilde entender não há justificativas para as ausências
dos educadores do polo Santarém, sabemos que grande partes dos professores que
não estavam no encontro também não se encontravam na comunidade, a omissão e
desinteresses dos “camaradas” no encontro e nos movimentos de greve para mim só
demonstra a falta de compromisso com a categoria e principalmente com uma
educação de qualidade, que “muda pessoas e pessoas mudam o mudo”, o tão mundo
mais justo que todos sonhamos.
Parece que para muitos o Modular é apenas sinônimo de
remuneração ou uma colônia de férias remuneradas, não interessa as mudanças e
as lutas que estão ocorrendo, a máxima é: “NÃO MEXEU NO MEU BOLSO TÁ TUDO BEM”.
Quando sabemos que não esta nada bem no sistema, é uma velha prática perniciosa
do “QUANTO PIOR MELHOR!” , que só favorece governos descompromissados e
corruptos e elites gananciosas que espoliam e exploram o povo.
Os “camaradas” que se omitem e reproduzem práticas já viciadas,
são os mesmo que terão que ensinar nossas crianças e jovens, ensinarão a se
omitirem? como eles? Há praticarem os mesmo vícios que só os ajudarão a se
manter no STATUS QUO atual de penúria e exploração dependendo de bolsas, cotas
e afins, as esmolas do capitalismo. Será que os "camaradas" omissos
tem ciência que serão responsáveis por formar cidadão que não lutarão por seu
direitos,pois assim foram ensinados, ou seja, cidadão omissos, despolitizados e
acríticos que fortalecerá os corruptos, os mentirosos e os mais ricos.
Penso que é
hora de rever práticas e posturas, começar a mirar no social e no comum e não
apenas no individual, ou será que os “camaradas” estão esperando o carnaval
chegar como naquela bela canção do fantástico Chico Buarque? Até quando os
“camaradas” vão viver com o dedo do capital apontado nas suas caras? Até quando
vão permanecer nessa “penumbra cinzenta que não conhece nem vitória nem derrota
porque não arriscam nada”? A luta não é só de meia dúzias e sim de todos, as
vitórias e as derrotas são de todos, quando todos participam, mas nunca é
tarde, o convite esta lançado para os camaradas fazerem parte do coro das vozes
roucas das ruas que clamam e lutam por mudanças e uma sociedade mais justa. E
pra não dizer que não falei das flores um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo de
LUTAS e CONQUISTAS. OUSAR LUTAR! OUSAR VENCER! Bjus revolucionários.
CONTRAPONTO
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