OPINIÃO

A conotação política e

uma crítica da vice-prefeita

Maria José Maia fala na reunião

E

m 2011, tivemos oportunidade de vivenciar uma ocorrência protagonizada pela vice-prefeita eleita de Santarém Maria José Maia da Silva, logo que assumiu a direção da 5^a Unidade Regional de Educação, indicada pelo irmão Lira Maia (DEM).

Uma das suas primeiras ações ao assumir o cargo foi agendar uma reunião peda-gógica, com o corpo docente do Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME), para a quinta-feira, 10 de março de 2011.

Juntamente com o físico Sílvio Abraão Luceiro fomos o primeiro a chegar ao IESPES, local da reunião, pois tínhamos 50 exemplares da edição no 27, do Modular Notícias, para vender aos professores.

Antes do início da reunião chegou a diretora da URE, Maria José Maia, a quem, Sílvio Luceiro ofertou um dos exemplares do informativo dos professores(as) do Ensino Médio Modular (EMM), Polo de Santarém.

Passado algum tempo Sílvio Luceiro, encarregado da venda do jornal, nos chama e nos apresenta à diretora da URE. Depois das apresentações fizemos um comentário sobre a luta da comunidade escolar para o alcance da gestão democrática.

Falamos que uma das vontades da comunidade é que em todas as esferas da Secretaria Executiva de Educação (SEDUC), a ocupação das funções administrativas não seja feita por indicação política, mas democraticamente, através do voto.

Após as apresentações ficamos a espera do início da reunião que, como sempre, começou atrasada, por conta do pequeno número de educadores presentes no local, na hora marcada.

Por volta das 8h30, a professora Maria José Maia iniciou a reunião e como primeiro pronunciamento teceu uma crítica ao Modular Notícias, por conta de reportagem sobre a sua posse na 5a URE, em que constava após o seu nome, a sigla partidária DEM.

Sentado nas fileiras iniciais do auditório não deixamos de perceber a piscadela, que a professora nos encaminhou, após enfatizar a crítica e dizer aos presentes que sua gestão não teria essa conotação política.

Como membro da comunidade escolar “someana” e coordenador do Modular Notícias não deixamos de manifestar nossa opinião a respeito da crítica tecida ao informativo.

Em primeiro lugar informamos em texto publicado no informativo, que a crítica da professora era bem-vinda, pois o informativo que coordenamos nasceu com a missão precípua de possibilitar aos seus leitores espaço para as críticas, para os desabafos, sugestões, opiniões e apreensões.

Além disso, citamos um tópico d’“A Opção Política pela Gestão Democrática na Educação” da “Política da Educação Básica do Estado do Pará”, lançado pela SEDUC em 2008, que incentiva os educadores a promoveram a “existência de canais de comunicação claros, transparentes e que cheguem a todos”. Alertamos também que o Modular Notícias é um espaço democrático, que ao longo da sua existência sempre se orientou pela liberdade de expressão e primou pela transparência e clareza naquilo que divulga.

Hoje a cara professora é vice-prefeita de Santarém e carrega consigo esse episódio da conotação política.