sexta-feira, 11 de novembro de 2011

OPINIÃO


Essa luta agora é de todos nós! É pelo Estado do Tapajós!
[1]Jasson Iran Monteiro da Cruz
Santarém. 11, 11, 2011 (Data simbólica)
Nós, educadores e ativistas de todos os movimentos sindicais e sociais da região do Tapajós, precisamos a partir dessa data histórica, 11 de novembro de 2011, definirmos claramente uma metodologia de atividades unificadas que envolva toda a sociedade em uma luta que agora se torna mais comum. Essa luta agora é de todos nós. É pelo Estado do Tapajós.  De modo geral, a greve dos trabalhadores da educação pública do Estado do Pará, atinge diretamente todos os seguimentos da nossa sociedade. As implicações da greve da educação não é uma atividade isolada de uma categoria trabalhadora com seu patrão.
Em todas as perspectivas históricas, geográficas, econômicas, culturais, políticas e sociais é consenso e já estão claras as necessidades de termos o nosso estado para nós mesmos gerenciarmos de perto com cidadania e democracia. A partir de hoje guerreiros, lutadores, a nossa luta antiga pelo Estado do Tapajós será fortalecida pela greve da educação. Registremos em nossa história que a greve da educação pública do Estado do Pará, que começou com uma motivação justa que além de outros pontos de pauta traz a implantação do PCCR e do pagamento do piso salarial nacional. Agora não é mais apenas uma greve da educação.
Nossa greve agora deverá assumir o “Standard” dessa luta pelo nosso novo estado. A partir de hoje, nossa greve deve assumir com rebeldia e sem medo de ser feliz o status de libertadora dessa região. Vamos incorporar nessa luta que não é só de alunos, trabalhadores da educação, professores e de pais. Vamos chamar para a “independência ou morte” do Estado do Tapajós, todos os segmentos de nossa sociedade diretamente lesados por esse governo.
Primeiramente quero chamar as suas responsabilidades políticas e eleitorais todas as pessoas que foram enganadas, e que votaram para eleger esse governo carrasco e antidemocrático. As eleitoras e eleitores enganados, que sejam pela última vez, com falsas promessas eleitoreiras, que acreditaram que vices governadores eleitos por Santarém fossem dar atenção para nossa região, o que nunca aconteceu. Agora é a hora da resposta. Incluir nessa luta pelo Estado todos os outros servidores públicos estaduais da Saúde, da Segurança pública, Tributos e outros setores que já lutaram através das greves nessa região, para fortalecer a greve  e a campanha de emancipação de nossa região.
Quero chamar também para essa luta as pessoas que vivem do comércio que já estão e serão mais diretamente prejudicadas financeiramente com o não cumprimento do PCCR e do pagamento do piso salarial nacional. Quero dizer a vocês que não somos apenas nós que estamos perdendo dinheiro e tendo prejuízos financeiros. Esclarecer pra vocês que com nossos salários defasados, nosso poder de compra e de movimentação financeira fica limitado. Nós perdemos dinheiro e vocês perdem também e isso empobrece nossas famílias e nossa sociedade.
 Não precisa ser economista para perceber que esse modelo velho de governar com raposas insaciáveis do dinheiro dos nossos impostos, travam qualquer economia. E se descontarem nossos salários, não faremos reposições de aula, não pagaremos nossas dividas, não compraremos presentes para nossas famílias e no fim do ano teremos um ceia de natal pobre e indigna de trabalhadores de países de economia consolidada do século XXI. Comerciantes, juntem-se em nossa luta pela sua sobrevivência e pelo estado do Tapajós!
Agora é nossa única oportunidade de nos tornarmos livres da espoliação do estado centralizado em Belém. Parafraseando Marx, trabalhadores e eleitores do Estado do Tapajós, uni-vos!
Essa luta agora é de todos nós! É pelo Estado do Tapajós!!


[1] Sociólogo e Educador

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