Não dá mais para aguentar
Ananindeua,
24 de março de 2013
P
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rofessores
e demais servidores da educação de Ananindeua resolveram fazer uma paralisação
e realizaram ato, na tarde de ontem, em frente à sede da prefeitura para cobrar
uma série de medidas por parte do governo municipal, entre elas o pagamento de
temporários, que está atrasado desde janeiro desse ano, e o adiantamento do
pagamento do Vale Transporte que é feito dias depois do pagamento de salários,
o que estaria fazendo com que muitos trabalhadores ficassem sem condições de
pagar condução nos primeiros dias do mês. Uma comissão de manifestantes,
coordenada pelo Sindicato de Trabalhadores em Educação Pública do Estado do
Pará (Sintepp), foi recebida pelo Procurador Geral do Município, Sebastião Godinho
e pela secretária de educação, Claudia Melo.
Embora a pauta de reivindicações tivesse como
grandes interessados os trabalhadores temporários, segundo Tereza Santos,
professora efetiva do município de Ananindeua, nenhum trabalhador não efetivo
compareceu à reivindicação em frente à Prefeitura Municipal de Ananindeua
“porque foram coagidos a não participar, pois se viessem poderiam perder o
emprego”, denunciou. O coordenador geral do Sintepp, Alberto Andrade, afirmou
que o sindicato defende que somente servidores que tenham feito concurso
público atuem na rede pública, mas ainda assim considera absurdo que
trabalhadores desempenhem a sua função sem a devida remuneração em qualquer
hipótese.
“O procurador-geral e a secretária de educação
afirmaram que o prefeito determinou que hoje [ontem] mesmo fosse autorizado o
pagamento dos temporários atrasados desde janeiro”, explicou aos servidores o
coordenador geral, após a reunião. Alberto informou que as reivindicações em
relação ao vale transporte e outras pautas, como reajuste salarial,
reformulação do Plano de Cargos e Carreiras para que benefícios como vale
alimentação sejam paritários para todas as outras categorias, além do benefício
por nível superior serão todos avaliados pela procuradoria, Secretaria Municipal
de Educação em parceria com a Secretaria Municipal de Administração até dia 10
de abril. Nesse mesmo dia a categoria realizará assembleia geral para que, caso
as decisões do governo não confortem a categoria, medidas mais drásticas possam
ser adotadas, inclusive greve. (Diário do Pará, 23/03/2013)
Dom
Eliseu, 3 de abril de 2013
O
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s
trabalhadores/as da educação de Dom Eliseu paralisaram suas atividades no dia
de hoje (03/04) para protestar contra os ataques desferidos à educação pública
do município.
No último dia 26/03, a educação pública sofreu um forte revés
quando uma vergonhosa maioria de vereadores aprovou, sem debate, projeto de lei
do executivo retirando uma série de direitos e reduzindo os salários da nossa
categoria, retirando o pessoal de apoio administrativo do plano de carreiras, e
revogando a lei que garantia a Gestão Democrática no ensino, com eleição direta
para diretor/a. Ao final da sessão na Câmara Municipal, nossa categoria ainda
foi violenta e covardemente atacada por bombas de efeito moral e balas de
borracha, desferidas pelo Grupo Tático Operacional da Polícia Militar do Estado
do Pará.
No dia seguinte, menos de vinte e quatro horas após o ataque
nossa categoria estava presente massivamente reunida em assembleia geral quando
decidiu por unanimidade paralisar suas atividades no dia de hoje, para
protestar e denunciar a violência ocorrida, primeiro na câmara municipal e
depois nas ruas.
O ato público de hoje mais uma vez foi bastante
representativo e contou com a participação de autoridades que externaram sua
indignação e declararam apoio e solidariedade à nossa causa, isso demonstra a
legalidade e justeza de nossa luta e só reforça a necessidade de continuarmos
unidos e certos de que só com organização e mobilização poderemos reverter este
quadro.
O SINTEPP esteve presente, é claro, mas além de sua
coordenação local na pessoa dos companheiros Sandro, Pedro, Hilário, Mário,
Aldaíres e Gildon, contamos também com a presença das companheiras Cirlene
Cabral, coordenadora geral da regional sudeste, Francilene Rocha, coordenadora
da regional sudeste e Vanildo Pereira, coordenador da regional sudeste, todos
da subsede de Jacundá, Rita Cunha, coordenadora geral da subsede do Sintepp de
Rondon do Pará, Iole Menezes, coordenadora geral da subsede do Sintepp de Bom
Jesus do Tocantins, Luzinete Santos, coordenadora geral da subsede do Sintepp
de Abel Figueiredo, Nara Gomes, coordenadora da secretaria de finanças da
subsede do Sintepp de Abel Figueiredo, e Williams Silva, coordenador geral do
sindicato, que vieram declarar pessoalmente sua solidariedade com os/as
companheiros/as de Dom Eliseu.
Este ato só reforça a disposição de luta de nossa categoria. Às 16 horas de hoje, nossa categoria
voltará a se reunir novamente em praça pública para definir os próximos passos
do movimento. Uma coisa é certa: os traidores do povo tendo à frente o prefeito
Joaquim Nogueira (PMDB) e seus lacaios diretos Silon Gama (PSDB), vice-prefeito
e Genilson Cavalcanti (DEM), presidente/marionete da Câmara Municipal, além
dos/as outros/as sete vereadores/as que votaram contra o povo de Dom Eliseu
devem estar arrependidos das asneiras que fizeram. O SINTEPP reafirma sua
tarefa histórica de defender os interesses de nossa categoria, lutar por uma
escola pública de qualidade, democrática e emancipadora, contra todo e qualquer
governo que queira fazer da educação mercadoria, massacrando os/as
trabalhadores/as da educação. (Por
Williams Silva)
Nova
Ipixuna, 3 de abril de 2013
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iante da intransigência do gestor
municipal que simplesmente não atende as reivindicações da categoria fez com
que os servidores públicos em educação de Nova Ipixuna entrassem em greve por
tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleia geral realizada nesta
quarta-feira (03) na “Spaço Show” com a presença dos funcionários, pais e
alunos.
Os servidores estão reivindicando por
terem sofrido cortes de algumas gratificações já garantidas em Lei, bem como, o
cumprimento da HP (Hora Atividade); a mudança de classe automática imediata e
retroativa; a revogação do Decreto municipal 313/13 que retira as gratificações
por tempo de serviço de todos os funcionários do município; dentre outras
reivindicações.
Os grevistas entendem que a paralisação
é necessária, pois o prefeito está desrespeitando seu quadro de funcionários. O
Sintepp (Sindicato dos Servidores em Educação Pública do Pará) há dias tem
tentado entrar em acordo com a administração, mas infelizmente não obteve
êxito.
Na manhã de sexta-feira (05) os profissionais
em educação de Nova Ipixuna foram até a Câmara expor aos Vereadores o motivo da
greve e pedir a colaboração e apoio dos mesmos nas negociações com o prefeito
Sebastião Damascena.
A Coordenação do Sintepp enviou nesta
quinta-feira (04), ofício solicitando espaço na tribuna para expor a situação e
os motivos que levaram à paralisação por tempo indeterminado da Educação em
Nova Ipixuna.
Paralisação atingirá áreas como saúde e
educação
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scolas municipais, unidade de saúde e os
Centros de Referências em Assistência Social (Cras) não deverão funcionar na
próxima quinta-feira (11) por causa da paralisação dos servidores municipais de
Belém.
A manifestação foi anunciada, ontem,
pelo “conjunto de trabalhadores municipais organizados” – que reúne o Sindicato
dos Servidores da Saúde de Belém (Sindsaúde), o Sindicato dos Trabalhadores em
Educação Pública do Pará (Sintepp) e a Associação dos Funcionários da Fundação
Papa João XXIII (Asfunpapa)-, que reivindica melhores condições de trabalho e
direitos trabalhistas. Segundo o movimento, uma audiência de negociação foi
solicitada para o próximo dia 12, mas não foi atendida até o momento. A
Prefeitura Municipal de Belém, por sua vez, diz que desconhece tal pedido e
informa que está disposta a dialogar com a categoria.
ATO No dia da paralisação, os servidores
prometem fazer um ato público em frente ao Palácio Antônio Lemos, sede da
prefeitura, a fim de chamar a atenção do prefeito Zenaldo Coutinho para agendar
uma audiência que, segundo um dos líderes do movimento, o sindicalista Aldo
Rodrigues, foi pedida no mês passado. “Se ele não nos receber, iremos entrar em
greve”, alertou Aldo. Apesar de ter dito isso, Aldo não confirma o estado de
greve entre a categoria, que tem se reunido em assembleia para discutir as
necessidades de cada setor.
Há pelo menos seis propostas na pauta de
reivindicações, entre elas o pedido de reajuste do ticket alimentação de R$ 200
para R$ 600; a unificação e implantação do Plano de Cargos, Carreira e
Remuneração (PCCR); o pagamento das perdas salariais de 20,84% e uma auditoria
nas contas do Instituto de Previdência e Assistência do Município de Belém
(Ipamb).
TICKET - Segundo a presidente da Asfunpapa
Josyanne Quemel, o ticket alimentação não tem reajuste há três anos. “Tem
secretarias que não pagam o ticket alimentação, por isso queremos o reajuste e
a extensão do benefício a todos os servidores”, alegou.
Maurilo Estumano, coordenador do
Sintepp, afirma que a maioria das escolas municipais da capital, que atende a
educação básica precisa ter as salas ampliadas e acrescidas de uma
infraestrutura que garanta a acessibilidade dos alunos com deficiência física.
Sobre o pagamento da reposição salarial
de 20,84%, a Prefeitura de Belém ressalta que já está em fase de negociação com
o Sindicato dos Servidores Municipais de Belém (Sisbel) para que cheguem a um
acordo. A prefeitura também informou que a chefia de gabinete não recebeu
nenhum pedido de agendamento para uma audiência no dia 12 de abril. Entretanto,
a administração municipal reafirma que está disposta a dialogar com os
servidores. (Diário do Pará)
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