Santarém adere a paralisação nacional
Coordenador estadual Alex Ruffeil, repassa os informes da paralisação em Belém |
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conteceu na tarde de hoje, 11/4, e durou exatas 2h2, a assembleia dos
trabalhadores da rede estadual de ensino de Santarém. Diversos assuntos foram socializados,
debatidos e votados pelos presentes, que decidiram entre outras questões, aderir
à paralisação nacional, encabeçada pela Confederação Nacional dos Traba-lhadores
em Educação (CNTE), que acontecerá nos próximos dias 23, 24 e 25 de abril.
A reunião iniciou com palestra do analista tributário Evaldo Viana,
da Receita Federal (RF), que repassou informações e esclareceu duvidas dos
presentes, referentes à declaração do imposto de renda de 2013. A intenção da
RF é baixar para menos de 10% o número de declarações, que caem na malha fina
em Santarém.
Em seguida, o sindicalista Diogenes Hernandes Figueiredo apresentou,
abriu espaço para discussão e votação pelos trabalhadores para a primeira
questão do encontro: uma divida pendente da coordenação estadual, referente ao
repasse da cota dos associados, num valor de cerca de R$ 35.000,00, que não foi
paga pela gestão anterior à Sub Sede do Sintepp em Santarém e que também não quer
ser paga pela atual coordenadora de finanças do sindicato, Maria Conceição Holanda.
Trabalhadores de Santarém aderem a paralisação nacional, em assembleia do Sintepp |
Duas propostas foram apresentadas à plenária. A primeira: entrar com
uma ação judicial contra a coordenação estadual, para solucionar a questão ou
então renegociar a dívida, inclusive com sugestões para que o Sintepp Estadual
financie a compra de um terreno, para a construção da sede social da sub sede. Por
maioria, os trabalhadores decidiram apoiar a segunda opção, ou seja, tentar
mais uma vez negociar a dívida, junto a coordenação estadual.
Em seguida a coordenadora da sub sede, Izabel Marinho, justificou
porque não houve a paralização em Santarém, mas apenas uma assembleia da
categoria. Motivo: o período “turbulento” da lotação. Depois foi a vez do
coordenador estadual, Alex Ruffeil, falar da
paralisação em Belém, onde
novamente houve uma mesa de ‘enrolação’, por parte do governo ‘tucano’.
Nicolas Apostolos, Sintepp de Alenquer |
Alex aproveitou também para desabafar, manifestando sua
insatisfação e descontentamento, porque não houve a paralisação em Santarém e
pelo posicionamento da diretora da 5a URE, que em assembleia
da categoria falou que estaria aos lados dos trabalhadores, mas que na prática
estaria fazendo o jogo do governo.
A partir de então foi aberto espaço para o debate político, com a
inscrição de diversos trabalhadores, que se posicionaram a respeito de diversas
questões, principalmente sobre a portaria de lotação, que todo ano provoca uma
grande comoção.
Após o debate político, a plenária votou a participação dos
trabalhadores de Santarém, na paralisação nacional convocada pela CNTE, que
deverá ser efetivada conjuntamente com os trabalhadores federais, estaduais e
municipais. Por maioria a categoria decidiu parar nos três dias.
Em Belém, educadores exigem lotação por jornada com hora atividade
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Marcha Estadual da Educação que
também ocorreu na manhã de hoje (11) em Belém teve saída do Trevo do Satélite
para a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) e contou com a presença massiva
dos trabalhadores (as) da educação de diversas cidades paraenses.
Na frente da Seduc foi feita a
negociação para a entrada da Comissão, composta pela Coordenação Estadual do
Sintepp. Lá dentro já aguardavam o Secretário de Educação em exercício, Waldecy
da Costa, o Diretor de Ensino, Prof. Licurgo e outros assessores. “A reunião de
hoje foi para discutir Lotação por Jornada com implementação de Hora Atividade,
porém mais uma vez o Governo não sinalizou nem um avanço”, antecipou Alacid da
Silva, coordenador estadual do Sintepp.
A Seduc afirmou que até este mês de
abril os (as) professores (as) que perderam estrapolação de carga horária
permaneceram recebendo as 200h. Sendo que a Secretaria apresentou 10 de maio o
prazo para complementação de carga horária e segunda a mesma haverá um setor na
sede que apresentará as disponibilidades de carga horária por um levantamento
da necessidade das escolas.
O Secretário em exercício, Waldeci
Costa, afirmou que até o final de maio o governo apresentará uma proposta de
lotação por jornada de trabalho, na ocasião a Coordenação apresentou uma contra
proposta. “Que sejam asseguradas as 200h até final de maio acompanhando o
calendário do governo de lotação por jornada”, propões Mateus Ferreira,
coordenador geral do Sintepp.
Sobre o concurso para Educação Especial,
em que foram ofertadas 500 vagas e que teve 492 aprovados e classificados, o
secretário informou que serão chamados a medida da necessidade.
A quantidade máxima de alunos por turma
será de 40, sendo que as turmas com número inferior serão enturmadas conforme
as devidas justificativas das direções de escola. Por exemplo, forma-se a 1ª
turma com 40, já a 2ª só com 30, caberá a direção da escola comprovar a
necessidade de manutenção da 2ª turma e desta forma manter a carga horária do
(a) professor (a).
Com o movimento em ascendência e um
forte sentimento de greve se criando, o momento é de organização da luta
através de mecanismos de frequente uso da direção de nossa entidade, a
construção da luta pela base. “Pretendemos reforçar o interior, principalmente
porque a campanha deste ano parece ter um caráter de manutenção de direitos e
não de avanços, infelizmente”, lamenta Alacid da Silva.
A mobilização se estendeu por todas as subsedes,
que realizaram atos e manifestações em favor da pauta de reivindicações da
Campanha Salarial 2013. Os demais pontos financeiros e sociais estarão em
debate em nova reunião entre Sintepp e Governo do Estado que ocorrerá no dia
23/04, na Sead.
Não há conquista sem luta. Junte-se à
nós, venha para o Sintepp. Continue acompanhando a agenda de lutas. (Texto e foto: Sintepp)
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