Médico e professor da rede abaterão
dívida com trabalho
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s professores e médicos que vierem a
atuar em áreas com carência de atendimento têm agora a possibilidade de abater
a dívida com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). De acordo com portaria
do Ministério da Educação publicada nesta segunda-feira, 29, os profissionais
poderão abater 1% do saldo devedor por mês trabalhado.
Podem pedir o abatimento estudantes de medicina que tenham trabalhado
pelo menos um ano ininterruptamente nas áreas definidas como prioritárias pelo
Ministério da Saúde; médicos em efetivo exercício em áreas e regiões com
carência de profissionais de saúde e dificuldade de retenção desses
profissionais; médicos que integrem equipe de saúde da família oficialmente
inscrita no Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (CNES); médicos que
integrem equipe que promova serviços de atenção básica em populações
quilombolas, indígenas e de assentamentos, com jornada de 40 horas semanais e,
com jornada de 32 horas semanais, os que integrem equipe de atenção básica em
populações ribeirinhas.
O benefício estende-se ao professor em efetivo exercício na
docência na rede pública de educação básica com jornada de trabalho de no
mínimo 20 horas semanais, na condição de graduado ou estudante regularmente
matriculado em curso de licenciatura.
A contagem de um ano de trabalho ininterrupto em efetivo exercício
para professor e para médico deve ter início em 15 de janeiro de 2010, para os
contratos feitos antes dessa data, e a partir da contratação do financiamento
para os acordos formalizados após 14 de janeiro de 2010.
Apoio — No ano passado, mais de 7 mil estudantes
iniciaram o curso de medicina com o benefício do Fies, que financia a mensalidade
de 22 mil alunos de medicina em todo o país. O fundo atende a 12% das
matrículas universitárias do país e apoia 871 mil estudantes de todo o Brasil.
Cerca de 80% desses estudantes provêm de famílias com renda inferior a um
salário mínimo e meio por pessoa.
Nestes primeiros quatro meses de 2013, 266 mil jovens assinaram o
contrato do Fies. Até o fim do ano, devem ser formalizados 400 mil contratos. O
pedido de financiamento pode ser feito em qualquer época. Os juros são de 3,4%
ao ano, o prazo de carência, de 18 meses e o de amortização, de três vezes o
período financiado, acrescido de 12 meses.
A Portaria Normativa
nº 7, de 26 de abril de 2013, foi publicada no Diário
Oficial da União desta segunda-feira, 29, seção 1, página 10. (Por Diego Rocha – MEC)
Governo enviará ao Congresso nova
proposta sobre royalties
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governo federal enviará nova proposta de
medida provisória para destinar os royalties do petróleo para a educação. A
afirmação foi feita pela presidenta da República, Dilma Rousseff, nesta
segunda-feira, 29, durante entrega de ônibus escolares em Campo Grande, no Mato
Grosso do Sul.
O governo federal vai se antecipar na formulação do texto, já que a MP
592/12 perderá a validade em 12 de maio. O primeiro texto foi enviado em
dezembro ao Congresso Nacional.
“Nessa questão de educação somos teimosos, insistentes. Nós vamos insistir, teimar. O Brasil precisa destinar essa riqueza para a educação”, afirmou Dilma.
“Nessa questão de educação somos teimosos, insistentes. Nós vamos insistir, teimar. O Brasil precisa destinar essa riqueza para a educação”, afirmou Dilma.
No dia 23 passado, a comissão mista do Congresso que analisa a proposta
decidiu adiar a votação da MP, até que o Supremo Tribunal Federal (STF) decida
sobre a questão da divisão dos royalties entre os estados. O relator da MP,
Carlos Zarattini (PT-SP), havia apresentado parecer determinando que 100% da
participação especial da União e do fundo especial de estados e municípios
seriam destinados à educação e 100% dos royalties da União ficariam com a
ciência e tecnologia.
O antigo texto da MP vinculava à educação apenas as receitas dos novos
contratos da área de concessão dos royalties do petróleo, firmados após 3 de
dezembro de 2012, data da publicação da medida no Diário Oficial da
União. O relator retirou do parecer essa data limite.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, já defendeu reiteradas vezes
a vinculação integral dos royalties à educação. Segundo ele, é
o único financiamento viável para cumprir as metas do Plano Nacional da
Educação (PNE). (Por Paula Filizola – MEC)
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