quarta-feira, 9 de outubro de 2013

COTIDIANO

Aprovação do PNE impedirá
indicação política para escola
Segunda-feira, 07 de outubro de 2013 -  Por Sandro Santos (MEC)
U
m gestor dedicado, eficiente e técnico é fator relevante para a qualidade do ensino, afirmou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, ao comentar matéria divulgada na imprensa sobre o perfil de diretores de escolas públicas. Segundo levantamento realizado a partir de respostas dos próprios diretores a questionário do mais recente Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), de 2011, um em cada cinco diretores de escolas públicas no país é alçado ao cargo por políticos.
 “As escolas que têm um diretor dedicado, eficiente e técnico costumam ter desempenho superior a escolas de mesmo nível, mas com diretor com outro perfil”, disse Mercadante, em coletiva à imprensa, nesta segunda-feira, 7/10, em Brasília.
 A proporção de gestores indicados por políticos equivale a 21,8% do total: de 56.911 diretores das redes estaduais e municipais, 12.413 foram definidos por indicação política, prática condenada por especialistas em educação.
 Para Mercadante, a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE), que tramita no Congresso Nacional, “seguramente será um grande impulso para melhorar a qualidade da gestão das escolas”.
 Conforme o ministro, o critério será objetivo, técnico e de mérito. “Nós esperamos superar definitivamente esta questão com a aprovação do PNE”, afirmou, ao citar duas estratégias que tratam especificamente do gestor da escola pública. O item 19.1 propõe priorizar o repasse de transferências voluntárias da União para os entes federados que tenham aprovado legislação específica que regulamente a matéria na área de sua abrangência, “que considere, conjuntamente, para a nomeação dos diretores e diretoras de escola, critérios técnicos de mérito e desempenho, bem como a participação da comunidade escolar”. Já o item 19.8 propõe “desenvolver programas de formação de diretores e gestores escolares, bem como aplicar prova nacional específica, a fim de subsidiar a definição de critérios objetivos para o provimento dos cargos”.
 
 
 


A gestão democrática, a pressão
política e a fala dos gestores


Matéria publicada no "Blog do Jeso", sobre a posse do pedagogo Dirceu Amoedo

O

ficialmente, na segunda-feira, 7 de outubro, o pedagogo Dirceu Amoedo, diretor da escola estadual Pedro Álvares Cabral, assumiu a direção da 5a Unidade Regional de Educação (5a URE), em substituição a professora Glória Maria Costa, que estava a nove meses no cargo.

A substituição é mais uma manobra, fruto dos interesses dos partidos políticos, que estão no poder e insistem em não cumprir com a “Política de Educação Básica do Estado do Pará”, que optou por uma política de gestão democrática da Educação, em que nos entes administrativos do sistema público, sejam secretarias, instituições e escolas, a escolha dos gestores aconteça, através da eleição direta.

De acordo com diretrizes dessa política, a prática da gestão democrática, antes de ser uma conquista da sociedade e dos profissionais de educação, constitui-se em dever destes, que estão atuando frente às escolas e aos sistemas públicos do Brasil.

Em entrevista concedida e veiculada em um canal de televisão, na noite de segunda, a gestora que saiu, Glória Costa, denuncia essa interferência política, que só faz atrapalhar o trabalho dos gestores. Veja a seguir sua fala.

Glória Maria Costa: “Lamentavelmente, a política partidária ainda interfere na escolha do diretor da URE. Isso nós não podemos negar, Isso é notório, nós sabemos disso...”  

 O diretor que assumiu, Dirceu Amoedo, também se manifestou falando que vem “...imbuído do melhor propósito realmente que é contribuir pra gente melhorar muitas coisas na educação, que ainda são precisas que sejam melhoradas nas nossas escolas. Com certeza absoluta o trabalho que eu tenho desenvolvido na escola Pedro Álvares Cabral, com apoio dos meus colegas que lá ficaram foi sobretudo o que me credenciou com certeza a estar assumindo a direção da 5a URE nesse momento.” A pergunta que fica é: até quando o Dirceu vai ficar no cargo?





 

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