15 de outubro – Dia do(a) Professor(a)
A Educação não tem o que comemorar,
exigimos dignidade e respeito
A
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educação pública constitui um dos direitos
sociais básicos do cidadão brasileiro consagrado no artigo 6o
e 206 da Constituição Federal de 1988, que definem os princípios que norteiam o
ensino público, como valorização dos profissionais da educação e planos de
cargos e carreira e remuneração com ingresso somente através de concurso
público.
A luta para tornar essa lei em algo real, palpável e atender às
necessidades da polução que clama por serviços sociais de qualidade é um
exercício que exige organização e mobilização social permanentes. Nos discursos
a educação é prioridade, mas logo se tornam vazios e ficam carentes de substâncias
morais e éticas, quando se fala em mais investimentos para o setor, deixado para
segundo plano a construção do futuro melhor para as nossas crianças e jovens.
Nosso estado detém índices
capazes de envergonhar qualquer cidadão, dada a importância da educação,
para a construção de uma nação verdadeiramente independente: temos o pior
índice da Educação Básica no Ensino Médio do Brasil e o segundo pior índice de
Desenvolvimento Humano em Educação, reflexos da falta de políticas públicas que
efetivamente tratem a educação com a devida atenção que merece.
Nossa greve não é apenas por salários, é também, pela defesa da
educação pública. Estamos cansados das propagandas enganosas feitas com o
dinheiro público, enquanto convivemos com a falta de ventilação e climatização
das salas de aulas, de água potável, de espaços educacionais adequados, com
banheiros sem condições de uso e materiais didático-pedagógicos insuficientes,
sem falar na completa insegurança que assola a comunidade escolar.
Queremos segurança para desenvolver nossas atividades; completa
estruturação das escolas; inclusão no PCCR dos demais trabalhadores em
educação, já previsto na legislação; eleições diretas para direção de escola;
jornada de trabalho com garantia de no mínimo 1/3 para hora atividade (tempo
reservado ao docente, cumprido na escola ou fora dela, para estudo e
planejamento, destinado a avaliação do trabalho didático e à socialização das
experiências pedagógicas; atividades de formação continuada, reunião,
articulação com a comunidade e outras atividades estabelecidas no Projeto
Político Pedagógico); regulamentação de aulas suplementares; efetivação da lei
do Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME), pagamento do retroativo do Piso
Salarial de 2011, realização imediata de concurso público, formação continuada
para os demais trabalhadores em educação.
Hoje, quando comemoramos o Dia do Professor gostaríamos de festejar
a valorização de nossa profissão, porém, por conta de nossas péssimas condições
de trabalho estamos nas ruas, mobilizados pela garantia de nossos direitos.
O Sindicato convida pais, responsáveis, alunos e demais
trabalhadores do serviço público a somarem-se a nós nesta luta pela qualidade
da educação pública como direito social fundamental.
Sintepp – Em defesa
de educação pública de qualidade social
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