sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

PROJETOS SOME - 2010


Projeto ajuda a reflorestar
Várzea de Igarapé do Costa

C
om objetivo de recuperar   áreas da várzea devastadas pela água e amenizar a força da água no período da enchente, as professoras do SOME Joana Pastora Nogueira (Geografia) e Lucilene Aguiar Cavalcante (Letras) propuseram dar continuidade e coordenaram a realização de mais uma etapa do projeto “Reflorestando Igarapé do Costa”.
O projeto foi proposto considerando que o desmatamento é um dos problemas ambientais mais graves na Amazônia e que tal problemática ocorre nas regiões ribeirinhas, principalmente nas várzeas.
Além disso, foi considerado o fato da comunidade de Igarapé do Costa ficar situada em área baixa, por isso, logo é atingida pela enchente, que causa grandes danos ambientais aos moradores todos os anos, no período de fevereiro à  julho.
Diante dessa problemática, as educadoras propuseram o projeto “Reflorestando Igarapé do Costa”, para o envolvimento da comunidade estudantil na participação do processo de reflorestamento da comunidade.
A parte ambiental do projeto consistiu no corte das mudas do capim Canarana e a sua plantação nas margens dos igarapés próximo das residências em Igarapé do Costa.
O projeto foi realizado em três etapas, num total de 25 horas aulas. Na primeira etapa ele foi esboçado e socializado com os estudantes, professores, direção da escola e comunidade em geral.
Na segunda etapa foram  elaborados textos, produzidos pelos estudantes da 2a e 3a séries do Ensino Médio Modular (EMM), com reportagens, para a divulgação do projeto.
Metodologia - Para alcançar os objetivos propostos primeiramente foi definido o local do plantio e as equipes de trabalho, assim como os materiais a serem utilizados no reflorestamento.
A terceira etapa constituiu no plantio da canarana e foi realizada nos dias 17 de setembro e 23 de outubro de 2010, num período de 10 horas. O projeto contou com o apoio e incentivo do Instituto de Pesquisa da Amazônia (IPAM). A participação dos comunitários também foi fundamental para que o projeto fosse colocado em prática.

REFLORESTANDO IGARAPÉ DO COSTA

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 Comunidade Igarapé do Costa, no dia 17 de setembro de 2010, mobilizou-se juntamente com o corpo docente e discente da escola “São Sebastião” e do Ensino Médio Modular (EMM), com apoio do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) e do WWF, para  desenvolver o projeto piloto denominado Reflorestamento que tem como principal objetivo amenizar as correntezas na época da enchente que atinge os moradores ao longo dos anos.   
Tal iniciativa em recuperar as áreas devastadas pelas grandes mudanças climáticas ocorreu através da elaboração da oficina “Testemunhas do Clima” idealizado há três anos na própria comunidade.
Nessa oficina os moradores analisaram as dificuldades que vinham enfrentando como os terríveis banzeiros que danificam as casas, pesca escassa e perigosa, tudo devido ao desmatamento causado por seus antepassados, pois cultivavam a plantação da juta e do milho.
Segundo Ronam Benício Rego, presidente da associação dos comunitários, a plantação de canarana irá atrair muitos animais como a capirava, pirarucu, peixe-boi, tracajá, tartaruga e gerar o crescimento de várias espécies de peixes, com isso, melhorar a renda mensal dos pescadores e também, os motores a gasolina serão poucos utilizados, pois o pescado estará próximo das casas.
Já o senhor Adão Pinto, comunitário, relatou que sem a união, o projeto jamais terá êxito. Compara os dias atuais com o passado e vê muitas diferenças porque antes existiam várias espécies de animais e árvores e a população era numerosa.
Hoje, o número de pessoas residentes diminuiu, devido a carência de pescado, sabendo que é o mais importante meio de sobrevivência dos comunitários; os assoalhos das casas são de quase dois metros de altura, o nível da água que começava subir em abril e a vazante era em julho, agora é a partir de março até em agosto.
Outros moradores também fizeram questão de comentar sobre o andamento do projeto.
O senhor Moisés, ex-presidente da comunidade se sentiu feliz, pois todos estavam empenhados para o sucesso do evento que, com certeza trará uma vida mais tranquila.
A senhora Marlene Rocha, auxiliar de enfermagem, disse que o projeto beneficiará as próximas gerações. O aluno Junior Vital enfatizou que essa atividade exerce grande valor em sua vida, uma vez que, a preservação do meio ambiente depende inclusive dos jovens.

Alunos da 3a série do Ensino Médio Modular (EMM)

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